Eu sei o que você está pensando - John Verdon



Citando Sherlock Holmes: “Quando você elimina o impossível, 
o que restar, por mais improvável que seja, deve ser a verdade.”
Pág. 177


David Gurney é detetive aposentado do Departamento de Polícia de Nova York. Ficou famoso por solucionar crimes incomuns e prender serial-killers. Atualmente, mora com a esposa numa pequena comunidade rural. Ele sente falta do trabalho, da pressão psicológica, da satisfação de descobrir qual o próximo passo do assassino...

Cuidado com o que deseja!

Imagine que você recebeu uma carta que lhe diz: Pense em um número entre 1 e 1000, você escolhe e abre o outro envelope lacrado e lá esta 658 que é exatamente o número que você pensou. A carta continua com: Envie um pagamento de $ 289,87 para X. Araybis em espécie ou cheque nominal. Esse foi o valor que gastei para encontrá-lo.

 Mark Mellery começou a receber poemas macabros e cartas, como a descrita acima. Desesperado procurou o velho amigo de faculdade, Gurney. Ele é a pessoa mais indicada para desvendar os poemas e descobrir quem está enviando.

Pouco depois de contatar Gurney, ele é assassinado. Cabe a Gurney montar o quebra-cabeça dos poemas e descobrir o porquê e quem matou Mellery. Mas, outro assassinato, com o mesmo padrão, é cometido. Tiro. Facadas no pescoço. Garrafa da mesma marca. Poemas com tinta vermelha.

O que as vítimas tinham em comum? Como o assassino poderia adivinhar os pensamentos?

O rosto de Gurney havia se retorcido numa careta – em parte por causa do frio úmido do dia que ia escurecendo e em parte porque agora, mais claramente do que nunca, percebia que o que “sabia” sobre o crime não fazia absolutamente nenhum sentido.
Pág. 175

Nada é lógico. Gurney precisa mais do que nunca manter a mente afiada e descobrir o assassino antes que outro inocente seja morto.

Eu sei o que você está pensando, de John Verdon (Arqueiro, 352 páginas, R$ 29,90), é um brilhante thriller psicológico. Gurney lembra Miss Marple, famosa personagem de Agatha Christie, que desvenda os mais intrincados mistérios baseando-se no seu profundo conhecimento da natureza humana.

Gurney consegue ver além e juntar peças soltas. Confesso que fiquei quem nem os policiais e não consegui ver a lógica, nem seguir as pistas – apesar do escritor dá todas as dicas possíveis para que possamos descobrir o assassino -, mas quando Gurney começou a mostrar como conseguiu deduzir tudo, pensei: Putz, como não entendi isso? rs

Não espere ação do início ao fim. O enredo é lento, no qual o autor dá pistas para que junto com a polícia possamos descobrir quem é o assassino e o porquê do crime. Nada de sangue à toa ou prova infundada. Tudo na história é essencial. Recomendo!

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