[Coluna] Música x Livros Especial Dia das Mulheres!

Olá Pessoas!
Já deu pra perceber que algo está diferente por aqui né?! Sim!! Eu, Lailie da Coluna 'Livros que se tornam filmes' e a Ana autora desta coluna aqui, resolvemos fazer um especial, digamos... Especial hahahahahaha péssimo trocadilho eu admito. Porém trocamos as colunas para que essa ocasião pra lá de especial, que é o meu, o seu, o nosso dia -estou falando diretamente para as mulheres viu rapazes-ficasse diferente do habitual.

Hoje eu vim pra fazer um Top 5 Livros Com Protagonistas Femininas:

5- A Menina Que Roubava Livros- Markus Zusak
Falar desse livro é "complicado" porque ele é um livro completo e divisor de águas, não estamos falando de algo moderno e sim de algo épico, mas especificamente da Alemanha Nazista, com Hitler tocando o terror. A história de Liesel vai muito além dela, até nos momentos em que ela faz o papel de ladra. Liesel representa todos os rejeitados por Hitler, os mais pobres, os jovens que eram obrigados a cumprir um papel militar. Esse é um livro forte com uma história triste, mas além de retratar o sofrimento durante a Segunda Guerra, também retrata o lado humano dos personagens, que apesar das dificuldades impostas pela vida, são capazes de demonstrar amor para com o próximo.
Absorvendo sobre os impactos causados por este livro, a música interpretada por uma cantora que mais tem a ver segundo o meu ponto de vista é Cold War, da Janelle Monae. Ao contrário do que se possa pensar, quando olhamos o título, ela não fala sobre a Guera Fria e sim de como saber pelo o que lutar e que se as pessoas pensam que por ela estar sozinha é uma coisa ruim, ela mostra que na guerra é a melhor maneira ser. Assim como o personagem Liesel na história.


 
4- Por toda a eternidade- Kristin Hannah
Esse é a sequência do um livro que ganhou meu coração, por inúmeras razões. E neste, história é passada em dois períodos distintos, sendo que o passado é fundamental para entendermos os motivos do que acontece no presente. As passagens são como lições de aprendizados baseadas na perda, nas conformidades e na luta para continuar a viver com a dor. Como Kate infelizmente morreu por decorrência de um câncer, agora todos precisam aprender a conviver com esse fato. É interessante destacar o fato de que Kate é muito citada na trama e envolve todos os personagens com suas menções. Cada um tem uma maneira de suportar a falta que ela faz. No decorrer das páginas descobrimos que a história é mais voltada para os sentimentos de Tully que foi sua amiga desde a adolescência e para Marah a filha mais velha de Kate. Elas não encaram bem a vida sem a mãe e amiga que foi tão importante para elas. E acabam se magoando por não saber lidar com a dor. Para quem não leu Amigas para sempre, vai ficar curioso para saber o motivo pelo qual Tully e Kate ficaram separadas por dois anos. Outro ponto que chamou minha atenção, é a relação de Tully com a sua mãe, que devido a vários fatores nunca soube criar e nem dar amor à própria filha, mas no decorrer do livro descobrimos os motivos de Dorothy ser como é e o mais importante é conseguimos notar como ela mudou com o tempo.
Quando eu escuto a música Human da Christina Perri, no automático eu lembro da história, justamente por causa dessa questão de sermos humanos e que podemos errar, mas que somos todos merecedores de uma segunda chance. E é isso que Kristin retrata nesse livro com os personagens. Principalmente com Tully, Marah e Dorothy.



3- A casa das orquídeas- Lucinda Riley 
Esse livro foi o mais surpreendente que eu li, primeiro por ter 560 páginas, segundo que foi uma compra totalmente impulsiva por estar no aeroporto e sem ter nada pra ler, entrei na livraria e como não tinha tempo para ficar escolhendo muito, olhei pra ele, analisei a capa, li a sinopse, gostei de ambos e fui... Fui ser feliz, essa é a palavra que descreve eu lendo esse livro. Não é novidade para as pessoas que me conhecem do quanto eu gosto de histórias com um bom enredo e é justamente isso que Lucinda faz com as histórias de Júlia, uma pianista que acaba de passar por uma tragédia e volta à sua cidade natal, na esperança de conseguir superar. Porém, cada vez mais ela se isola do convívio das pessoas. Até que surge a oportunidade dela ir com a irmã até a propriedade de Wharton Park, o lugar que ela adorava ir quando criança e onde viviam seus avós.  Apenas ao chegar lá que Júlia consegue se lembrar de quanto era feliz naquele lugar. Nessa visita, ela reencontra Kit Crawford, o herdeiro da propriedade. Kit encontra um diário ao revirar a casa e dá à Júlia. E é então que a história começa mesmo, pois é com esse diário, que voltamos aos tempos da Segunda Guerra Mundial por meio das histórias de Olívia e Harry Crawford. Toda história sobre o casal é contada pela avó de Júlia, você percebe como tudo é rico em detalhes, pois tudo o que aconteceu também foi muito importante para ela. No entanto, esse passado tem o poder de mudar o presente.
A Júlia passa por uma grande evolução no decorrer do livro, pois conforme ela vai descobrindo o passado de sua família, vai amadurecendo e descobrindo coisas novas sobre si mesma que nunca imaginava. Pois nunca é tarde para renovar e começar a ser feliz, mesmo com toda a tristeza que uma tragédia pode te dar.
E a minha trilha sonora para esse livro é Mirrors (do Justin Timberlake), mas como eu não consigo desgrudar dessa música quando falo sobre esse livro, escolhi um cover que teve quase o mesmo efeito que a original, que é da Madilyn Bailey.



2- Mar da Tranquilidade- Katja Millay
O livro retrata a história de Nastya Kashnikov e de Josh Bennett, ou pelo menos, o que restou da história de cada um. Nastya perdeu a sua voz, sua identidade e foi privada de fazer o que mais amava. Foi morar com a tia em outra cidade, principalmente para manter o seu segredo enterrado e não permitir que alguém se aproxime ou tente descobrir . Só que ao chegar no colégio se depara com um rapaz tão antissocial quanto ela, se bem que ela é antissocial em partes, porque o modo como ela se veste, chama mais atenção que o grupo mais popular do colégio. Então, os problemas pelo quais Nastya passou, fez com que ela ficasse fissurada em praticar exercícios físicos, por isso toda noite ela sai para correr pelo bairro e quanto mais intensa for sua corrida, melhor. Cheguei à uma conclusão de que essa intensidade se dá ao fato dela querer sanar toda dor que lhe foi causada. Pois os excessos de exercícios funcionam como bálsamos.
Depois do acontecido, ela e a família se distanciam um pouco. Então o único “elo familiar” que ela tem é a tia com quem vai morar, mas também não são muito próximas. Sua mãe até que tenta fazer com que eles se aproximem de novo, mas para Nastya o que conta é o tempo. Ainda é difícil para ela lidar com os familiares querendo impor algo que na cabeça dela já está resolvido. Como eu devorei esse livro, não escutei nenhuma música enquanto o lia, no entanto, quando eu fui escrever a resenha, escutei uma que me lembrou os acontecimentos dos personagens. Mas quando você escuta Dressed In Black da Sia, é impossível não lembrar de Nastya.



1- A Escolha- Kiera Cass 
Sobre A Escolha é complicado eu falar, porque eu não sei exatamente se eu amo ou se odeio. Não exatamente assim, Eu amo que os rumos estão tomando o lugar certo, porém odeio é ter que esperar, isso eu já fiz desde que a Seleção começou. Nesse terceiro livro da série, era pra justamente eles focarem no casal que todo mundo, nessa altura do campeonato já sabe qual é. Mas fora esses contratempos, eu gostei do modo como America passou a lutar pelo amor de Maxon, já que havia outra garota que amava ele e que faria de tudo para ser escolhida. O problema desse livro, foi ele ser muito corrido. Em alguns momentos eu fiquei louca porque as coisas aconteceram muito rápido, mas ao mesmo tempo querendo saber o desfecho de America e Maxon, assim como o seria feito do Rei Clarkson. Essa foi uma parte que me deixou feliz e ao mesmo tempo foi uma das que deixou triste. Não vou contar spoiler, mas preciso dizer que America teve duas perdas que na minha opinião foi irreparável. Mas que se não acontecesse, ela talvez não entenderia algumas coisas que aconteceram/viriam a acontecer. E também, se não tivesse acontecido ele por um momento impulsivo, talvez tivesso feito uma escolha equivocada. Mas como diz o ditado: "Há males que vem pra bem" e ele se ajusta totalmente no desfecho da história. Eu diria que esse é o livro, mais romântico da série, pois foca nas decisões tanto de Maxon quanto de America. E como trilha sonora , não tem como não pensar em Uncondicionally da Katy Perry. Há um conjunto em plena sintonia quanto à música e ao clipe que nos remete tal lembrança, já que o contexto é um baile da realeza, sem contar que se ela estivesse usando um cabelo ruivo eu jurava que foi feita para a America, principalmente na parte do ápice do clipe em que ela faz voar cacos de vidro e flores, que é justamente a parte que ela diz que vai amá-lo incondicionalmente e que não é para ele ter medo...



E esse foi o Top 5 Livros com protagonistas femininas, espero que tenham gostado, eu quero dizer que amei a experiência de poder fazer algo diferente para vocês, e como um bônus eu gostaria de compartilhar um texto sobre nós mulheres, da Martha Medeiros:
"Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar o nosso poder de sedução para encontrar "the big one", aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso, temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir, às vezes, que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo para o alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar loura e cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.
Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra." 


Um beijo enorme pra vocês, parabéns pelo nosso dia e até a próxima!!






















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