“- Não perdoei Deus por deixar Maggie adoecer – ele disse.
– Então, porque ele se importaria em me perdoar?"
Pág. 178
Resenha by Cláudia Vasconcelos:
Me interessei por Piedade, de Jodi Picoult (Planeta, 368 páginas, R$ 39,90) pelo título, pela capa, e obviamente pela autora, assim que o vi e quis lê-lo sem nem mesmo saber do que se tratava.
Cameron McDonald é delegado de uma pequena cidade chamada Wheelock, habitada por várias gerações da sua família. Casado com a doce Allie, dona de uma floricultura, os dois levam uma vida tranquila, até que um dia seu primo Jamie McDonald aparece na delegacia, com a esposa morta no carro, e confessa tê-la matado.
Em seu depoimento, Jamie conta que Maggie sofria de câncer, estava em fase terminal e lhe pediu que a matasse pois já não suportava mais viver daquela maneira. E ele o fez. Ele a matou por amor.
Jamie sempre foi um marido extremamente dedicado e apaixonado. Mas quando viu sua esposa sendo consumida pela doença, resolveu atender seu pedido, sem pensar no que poderia acontecer com sua própria vida daquele momento em diante.
As opiniões da cidade se dividem em relação ao ato cometido por Jamie.
Cameron tem um dilema nas mãos: proteger seu primo ou exercer seu papel de delegado e colocá-lo atrás das grades?
Allie apóia Jamie, o que gera um certo desconforto no marido.
No meio dessa confusão, surge Mia, uma mulher bonita e misteriosa que aparece na loja de Allie no mesmo dia da chegada de Jamie, e se oferece para trabalhar, mostrando sua larga experiência com flores e arranjos. Cameron imediatamente se sente atraído por ela, e dão início a um caso amoroso.
A medida que o tempo passa e enquanto Jamie aguarda seu julgamento em liberdade, Cameron passa questionar o significado de amor verdadeiro. Alguém que mata a própria esposa, como um ato de amor para tirar-lhe o sofrimento, deve ser julgado como um assassino qualquer e condenado? Cameron, que sempre agiu corretamente, pode questionar o amor e os atos do primo, já que ele próprio está traindo e desrespeitando sua esposa?
Em alguns momentos, a história retorna ao passado, nos ajudando a compreender algumas situações do presente.
Um livro instigante e comovente que, mesmo depois de terminado, nos faz pensar nos personagens e em nós mesmos, se estivéssemos vivendo tais situações. Até onde o amor nos leva e o que somos capazes de fazer por ele?
Piedade nos mostra que nem sempre devemos fazer julgamentos precipitados. Analisar cada situação é tão importante quanto se colocar no lugar do outro. E, muitas vezes, uma decisão que tomamos, nos leva a caminhos tortuosos, mudando nossa vida de forma drástica, e causando danos irreparáveis.
Cameron McDonald é delegado de uma pequena cidade chamada Wheelock, habitada por várias gerações da sua família. Casado com a doce Allie, dona de uma floricultura, os dois levam uma vida tranquila, até que um dia seu primo Jamie McDonald aparece na delegacia, com a esposa morta no carro, e confessa tê-la matado.
Em seu depoimento, Jamie conta que Maggie sofria de câncer, estava em fase terminal e lhe pediu que a matasse pois já não suportava mais viver daquela maneira. E ele o fez. Ele a matou por amor.
- Jamie – ela disse -, não vou mais fazer isto.
‘Fazer o que’, ele pensou. ‘Dobrar as roupas? Conversar com ele?’ Ele a puxou pelas mãos até que ela se sentou ao lado dele na cama. – Não me importo tanto com a morte – ela disse. – O que está me matando é não saber o que vai acontecer depois.
Ela lhe pediu, bem ali, que a matasse. Ele respondeu que não faria aquilo de jeito nenhum. Maggie disse que ele estava sendo egoísta. Jamie respondeu que ela também estava sendo egoísta. Mas ela rebateu dizendo que tinha todo o direito de ser.
Pág. 233
Jamie sempre foi um marido extremamente dedicado e apaixonado. Mas quando viu sua esposa sendo consumida pela doença, resolveu atender seu pedido, sem pensar no que poderia acontecer com sua própria vida daquele momento em diante.
- Levou menos de 5 minutos – Jamie disse, remexendo os pés na neve. – Usei um travesseiro. Ela me arranhou no meio da ação, mas isso tinha sido algo que discutiríamos, e não era para eu parar. Por isso, apenas me inclinei para a frente e sussurrei pra ela... Sabe, coisas que eu sei que ela queria pensar, e então ela parou de se mexer totalmente. (...)
- Jamie – Graham disse, virando-se de frente para seu cliente. – Sei que você faria tudo de novo. Mas faria algo diferente?
Ele observou Jamie se controlar para não chorar: - Gostaria de dizer que desta vez eu também me mataria – Jamie respondeu em voz baixa -, mas nunca tive essa coragem.
Pág. 234
As opiniões da cidade se dividem em relação ao ato cometido por Jamie.
Cameron tem um dilema nas mãos: proteger seu primo ou exercer seu papel de delegado e colocá-lo atrás das grades?
Allie apóia Jamie, o que gera um certo desconforto no marido.
No meio dessa confusão, surge Mia, uma mulher bonita e misteriosa que aparece na loja de Allie no mesmo dia da chegada de Jamie, e se oferece para trabalhar, mostrando sua larga experiência com flores e arranjos. Cameron imediatamente se sente atraído por ela, e dão início a um caso amoroso.
A medida que o tempo passa e enquanto Jamie aguarda seu julgamento em liberdade, Cameron passa questionar o significado de amor verdadeiro. Alguém que mata a própria esposa, como um ato de amor para tirar-lhe o sofrimento, deve ser julgado como um assassino qualquer e condenado? Cameron, que sempre agiu corretamente, pode questionar o amor e os atos do primo, já que ele próprio está traindo e desrespeitando sua esposa?
Em alguns momentos, a história retorna ao passado, nos ajudando a compreender algumas situações do presente.
Um livro instigante e comovente que, mesmo depois de terminado, nos faz pensar nos personagens e em nós mesmos, se estivéssemos vivendo tais situações. Até onde o amor nos leva e o que somos capazes de fazer por ele?
Piedade nos mostra que nem sempre devemos fazer julgamentos precipitados. Analisar cada situação é tão importante quanto se colocar no lugar do outro. E, muitas vezes, uma decisão que tomamos, nos leva a caminhos tortuosos, mudando nossa vida de forma drástica, e causando danos irreparáveis.
RSS/Feed - Receba automaticamente todos os artigos deste blog. Clique aqui para assinar nosso feed. O serviço é totalmente gratuito.
Um livro forte. Sempre que o assunto é morte, acho que a gente acaba parando pra pensar, e esse em especial sempre levanta questionamento.
ResponderExcluirAfinal temos o direito de morrer, como a esposa de Jamie. Imagino a aflição e dor de uma doença e em alguns casos pra o doente é melhor a morte, a ponto de desejar morrer. Mas fico pensando, e quem fica Jamie não só tem que aguentar perder a mulher que ama, mas conviver com as consequências de tê-la matado, é tão triste. Acho que não é justo, pedir algo assim.
Mas essa é sem duvidas uma questão delicada.
Ih!!!Já quero...Vivo repetindo pra mim mesma que tenho que parar de ler esse tipo de livro,pq mexe muito com minha cabeça e meu coração,mas nunca consigo.Amei!!!
ResponderExcluirApesar de acreditar que o livro é bom, não tenho muita vontade de ler, é um tema muito forte, acho que vai me deixar deprimida.
ResponderExcluirGarota Eclética
Esse livro é ótimo, a Jodi é maravilhosa. É só eu ver o nome dela que corro e compro o livro. haha
ResponderExcluirBeijos!
Essa frase já me fez querer lê-lo "Piedade nos mostra que nem sempre devemos fazer julgamentos precipitados. "Eu nunca li nada nela..Então talvez seja um bom começo..
ResponderExcluirNossa! Parece ser um livro forte mesmo... Quando li o quote no seu twitter imaginei uma coisa completamente diferente e de repente me peguei lendo essa resenha com atenção e ao mesmo tempo minha cabeça voou me colocando no lugar dos personagens e julgando por fora também. São dois assuntos difíceis para se discutir - assassinato e traição, só que aqui é tudo colocado de um modo bem mais real do que estamos acostumados com livros adolescentes. Se eu tiver oportunidade irei lê-lo! Ótima resenha!
ResponderExcluirExistem histórias que são belas, porém exitem outras que são indispensáveis, por isso se tornam maravilhosas! É o caso desta!
ResponderExcluirEste livro nos coloca para pensar desde o primeiro capítulo. Dá para fazer uma lista de perguntas em cima dele. Ele me lembrou um outro livro muito bom, Naty, "Onde Termina o Rio". Para encurtar a história e não fazer um post no Menina da Bahia, basta eu te dizer que eu adoraria que alguém me amasse tanto quanto o Jamie amou a Maggie. ;)
ResponderExcluirSó não gostei do título. Beijos!
Pesado. Não faz muito o meu estilo, acho que eu não leria, não. Eu provavelmente ficaria deprimida depois. Sei lá, acho que mais pra frente, talvez. è importante ler livros diferentes também, mas nao sei se quero começar logo assim, rs.
ResponderExcluirQuando comecei a escrever a resenha desse livro, a pedido de Naty, fiquei impressionada com a quantidade de sentimentos e sensações que ele despertou em mim. É um livro com uma temática forte, sim... mas embora ele fale da morte, ele fala muito mais de amor e devoção.
ResponderExcluirAlguém comentou aqui sobre o livro Onde Termina o Rio. É também um livro maravilhoso!!
Faz tempo que tenho este livro, desde o começo me atraiu, mas no momento estou lendo livros menos reais, eu sei que o livro é bom, e com a sua resenha eu confirmei, quando estiver pronta lerei.
ResponderExcluirBjus
@PatriciaADavis