Eleanor & Park - Rainbow Rowell


” Segurar a mão de Eleanor era como segurar uma borboleta. Ou um coração a bater. Como segurar algo completo e completamente vivo.”
Eu vou confessar que é complicado falar desse livro, por que tudo o que eu falar aqui pode te influenciar a achar que esse livro é o mais perfeito do mundo. E o fato dele não ser perfeito foi o que me ganhou. Rainbow Rowell tem um jeito único de escrever, fazendo com que você comece a ler e não queira mais parar. E foi exatamente assim comigo, eu comecei a ler numa viagem e quando me dei conta já tinha passado da metade. 

Mas, agora eu vou falar os motivos pelo qual você deve lê-lo para tirar suas próprias conclusões. Primeiramente, a trilha sonora. Se você é desses que gosta de ler escutando uma boa música, ótimo. Nesse livro, todas as bandas e músicas citadas fazem com que a leitura valha a pena. Segundo, o fato de não existir uma mocinha indefesa à procura do seu “príncipe encantado”, que irá salvá-la de um apuro. Se você está procurando um conto de fadas, um romance mel com açúcar esqueça! Eleanor & Park foge totalmente dos clichês românticos. Ele é bem real, mostra as dificuldades dos personagens, é descrito com total clareza a primeira impressão que um tem do outro. E acredite, não são boas. O que te faz acreditar que eles em nenhuma circunstância ficariam juntos. 

Afinal, eles são tão diferentes (e tão parecidos ao mesmo tempo). Park tem uma ‘família perfeita’ assim podemos dizer, ele é um mestiço com descendência coreana, é bem na dele, vive com os fones no ouvido e lendo seus gibis, gosta de se manter longe do que chama atenção, seu único problema é o pai militar que não entende seu jeito... Mas por ironia do destino, o único lugar vago dentro do ônibus é justamente ao seu lado e onde (depois de muito custo) ele oferece para Eleonor sentar-se. 
Bom, ela é completamente o posto de Park, sua vida é um caos, foi expulsa de casa pelo padrasto, morou de favor na casa de conhecidos. Voltou pra casa depois de um ano e tentou se ajustar a família, por causa dos irmãos pequenos e principalmente pela mãe. O padrasto é um ser totalmente repugnante e desprezível que faz de tudo pra afetá-la . E ela com esse jeito todo diferente não ajuda muito. Uma ruiva com cabelos encaracolados, que se acha gorda (só por que não usa 38), tem um “estilo” pra chamar de seu, segundo ela para não chamar atenção. Mas, esse é o problema, ela acaba justamente chamando muita atenção. O que faz com que sofra bullying na nova escola, e as pessoas pegam pesado mesmo (se estão pegando pesado hoje, imagine em 1986?!).
Pois é, as coisas não eram tão fáceis naquela época como são hoje e é isso que Rainbow aborda nesse livro. O quão difícil é a aproximação entre eles, depois as dificuldades pra se encontrarem sem ser no ônibus ou na escola, sem que ninguém os veja. O medo do padrasto dela descobrir e expulsar ela de casa novamente. 

Enfim, muitas coisas mesmo acontecem no decorrer do livro, tornando-o cada vez muito mais interessante do que já é. Até que você não sabe mais o que fazer com esses personagens, por que já morreu de amores por eles. É sério, só lendo pra sentir e entender o efeito “Eleanor & Park” sobre seu leitor. Rainbow já confirmou a sequência (esperando ansiosamente), mas o modo como o livro termina, faz a gente usar a nossa imaginação para saber o que aconteceu com eles. Na minha humilde opinião, Rainbow Rowell não deve ser lembrada apenas como uma indicação de John Green. Ela é um nome pra ser guardado, pois merece o sucesso que vem fazendo nos últimos anos, com esse jeito de escrever que deixa tudo tão original. E não estou exagerando não, dá vontade de conhecer todas as suas obras após ler esse livro. Eu confesso que espero que tenha te convencido a comprar esse livro e devorá-lo. 

Beijos e até a próxima!!












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