Uma Dama Fora dos Padrões- Julia Quinn



Billie Bridgerton é, definitivamente, uma dama fora dos padrões. E, talvez por isso, eu me afeiçoei tanto
a ela. Pensava eu que não me encantaria por um clã de irmãos tão cedo, então o novo livro de Julia Quinn,
Uma dama fora dos padrões (Editora Arqueiro, 272 páginas, 2018), veio para as minhas mãos...

Antes dos irmãos Bridgertons, havia os Rokesbys.

Kent, Inglaterra 1779. Mas Sybilla Bridgerton, ou apenas Billie, como gosta de ser chamada, poderia muito bem ser uma jovem do século XXI. Contrariando as etiquetas da época, Billie é quem cuida da propriedade da família — a nossa conhecida Aubrey Hall s2 —, usa calças e evitou ao máximo as temporadas caça-marido em Londres. Aos 23 anos, e tendo em mente que se casará com Edward ou Andrew, irmãos do clã Rokesby, ela não se preocupa com o casamento. Afinal, a amizade de anos entre os Bridgertons e os
Rokesbys, a leva a crer que o quesito matrimonial está resolvido.


(...) Porque Billie não tinha o menor interesse em formar casais, fosse para si mesma ou para qualquer outra pessoa. Se isso fazia dela algum tipo de aberração, que fosse. Ela preferiria estar andando em seu cavalo. Ou pescando no lago. Ou subindo uma árvore. Ou qualquer outra coisa, na verdade.

George Rokesby, o mais velho entre os irmãos e futuro conde de Manston, diferentemente de Edward e
Andrew, que servem à Coroa britânica, ele apenas aguarda o dia em que terá autonomia para
administrar Crake House, a residência do clã. Vale destacar que um ponto alto de Uma dama fora dos
padrões é o destaque para a força de Billie e para as incertezas de George, que se vê, em dado
momento, sem grandes feitos, ao comparar-se com os irmãos.

George quase se encolheu. Ele odiava isso. Odiava muito isso. A impotência. A inutilidade. Ele estava lá fora disputando um maldito jogo de croquet enquanto seu irmão estava desaparecido em alguma região desolada e inóspita da colônia.





A fluidez do livro é o ponto alto, assim como a sintonia de Billie e George. Veja bem: apesar de toda a
implicância e da antiga distância entre os dois, nós sabemos que eles ficarão juntos, mas é tão bom ver
isso acontecer! Tudo se encaixou perfeitamente: os acontecimentos, as falas, os cenários... A escrita de
Julia Quinn me encanta e me prende cada vez mais.

 —Billie não está linda?
Ele assentiu, incapaz de tirar os olhos dela.
—Sim – concordou ele -, ela está... linda.
Mas essa não era a palavra certa. Era muito prosaica. (...) Ela era linda, mas não apenas linda, e era por isso que ele a amava.

A apresentação dos personagens secundários também foi essencial e muito bem feita, afinal, virão mais
livros dos Rokesbys por aí! Uhuuu Para mim, que sou fã dos Bridgertons, foi tão bom saber o que veio
antes do nosso querido octeto de irmãos <3




                                                                                                                      

A capa se encaixou perfeitamente à história e me lembrou de Billie com os seus livros de agricultura,
pouco aceitos que fossem lidos por uma mulher, mas ela não seria Uma dama fora dos padrões se
seguisse tudo que aquela época ditava para o sexo feminino, né!?

Ela queria beijá-lo. Queria beijar George Rokesby. Tinha chegado aos 23 anos sem querer sequer flertar com um cavalheiro e agora queria George Rokesby??

Ps: Arqueiro, lança logo o próximo, por favooorr!!! #nuncatepedinada



















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