Olá pessoas!! Tudo bem com vocês?

A resenha de hoje é o meu reencontro com a escrita da Gayle Forman, no livro Eu perdi o rumo (Ed. Arqueiro, 2018, 240p.). Foi muito bom ver a Gayle de volta ao gênero Young Adult, ela sabe desenvolver tramas como ninguém para este público e desta vez não foi diferente.

Eu perdi o rumo conta a história de três jovens: Freya, Nathaniel e Harun que, cada um à sua forma, perderam o rumo de suas vidas e não sabem o que fazer para reaver o caminho. E é então em um desastroso incidente que a vida deles são entrelaçadas.

Freya é uma cantora em ascensão, mas que da noite para o dia perdeu a voz, ou seja, seu instrumento de trabalho. Sua relação com a família não é das melhores, já que a mãe só pensa em como ser rica e ter uma filha famosa. Sua irmã não fala mais com ela desde que Hayden decidiu que a voz de Sabrina era comum e a de Freya era excepcional. Seu pai ela perdeu o contato desde que ele se mudou de volta para a Etiópia e constituiu nova família. Então ela se questiona sobre o que fazer quando a vida te atropela e você não sabe como se levantar do chão?

Nathaniel foi criado pelo pai e ela avó, na verdade só pela avó porque o pai nunca teve um comportamento de um homem maduro e responsável, o que levou a mãe dele ir embora e por ventura se casar de novo na Califórnia. Sua avó o ensinou a ser uma pessoa responsável para que ele não se tornasse uma nova versão do filho. Após a sua morte, ele teve que lidar diretamente com as inconstâncias do pai e em um desses momentos sofreu um grave acidente. Sua vida foi refeita a partir de então, mas manteve a promessa que tinha feito com o pai de que iriam conhecer Nova York. Embora só ele tenha ido.

Harun é de uma família paquistanesa e está prestes a viajar para o Paquistão para encontrar uma esposa. Só que, apesar de ter aceitado a ideia do primo, esta não era a sua vontade. Ele queria assumir para a família que era homossexual e que amava James ao invés de manter este segredo guardado, entrar em uma relação frustrada e ser infeliz.

Cada um com seus dilemas, cada um com suas dores, até que o destino acha melhor que os três se conheçam. Quem sabe um não pode ajudar o outro a resolver o próprio problema. E é nisso que o enredo se baseia, de forma leve e descontraída vamos conhecendo aos poucos a vida de cada um e como eles chegaram até ali: embaixo de uma ponte dentro de um parque em Nova York?

Apesar da história se desenrolar em um único dia, parece que você convive há muito mais tempo com Harun, Freya e Nathaniel. E eles acabam sentindo o mesmo, parecem que são amigos de longas datas.

É uma leitura super recomendada, eu sou muito suspeita para falar da Gayle, mas desta vez ela criou toda uma situação que poderia muito bem acontecer com qualquer um de nós, em nosso cotidiano.

Enfim, por hoje é isso. Espero que tenham gostado da resenha, um beijo enorme e até a próxima!