A Mulher na Janela- A.J. Finn

– Você não acha que está sendo um pouquinho paranoica? Antes que ele possa dizer mais alguma coisa, disparo: – Não é paranoia se está realmente acontecendo.




Olá pessoas! Tudo bem com vocês?

Confesso que estava (muito) sumida!! Entre a última resenha que postei e esta, eu comecei um emprego novo, terminei uma faculdade, comecei um novo curso na faculdade, saí do emprego e iniciei alguns projetos pessoais. Nossa, bastante coisa né?! Já consegui atualizar vocês sobre a minha vida.

Li muitos livros também e um deles é o que trago a resenha hoje: A mulher na Janela (Ed. Arqueiro, 2018, 352 p.) do A.J. Finn. Ele foi um livro que ainda não sei dizer se eu amei muito ou pouco, porque o início da leitura arrastada. Então isso dificultou um pouco com que eu me entendesse com a protagonista até determinado ponto do livro.


Sou uma casa vazia cujas vigas podres são sacudidas pelo furacão.

Anna Fox sofre de agorafobia, um transtorno pós-traumático há dez meses. Isso a impede de conseguir sair de casa, então seus dias são resumidos em se automedicar, beber bastante vinho e espionar seus vizinhos com a sua câmera, além de jogar e conversar com desconhecidos na internet. Não necessariamente nesta ordem. Ela sabe que isso não faz bem para a sua saúde física, mas não consegue fazer diferente. Depois que se separou do marido e da filha, nada mais parece fazer sentido na vida dela.E como se não bastasse sua vida complicada, ela começa a receber visitas dos Russell, seus novos vizinhos. Quem aparece primeiro é Ethan, filho do casal, depois Jane e por fim Alistair.




A Mulher na Janela tem momentos muito bem escritos, suspense na medida certa e nada previsível. O livro é narrado pelo ponto de vista da Anna e vemos todo o conflito emocional da protagonista, o trauma pelo qual ela passou que gerou a sua separação e os problemas com o consumo de álcool junto com os medicamentos. A escrita do A. J. Finn é um ponto super positivo para a obra, pois ficou muito simples de sentir o medo e desespero da personagem. Em determinado momento a tensão cresce, o que deixa o livro ainda melhor e como temos a sensação de prever os "passos" de Anna, a experiência fica muito melhor.

Sinto o lado de fora tentando entrar… O mundo externo inflando na rua, flexionando os músculos, arranhando a madeira da porta. Posso ouvir sua respiração, o vapor que ele sopra pelas narinas, o ranger dos dentes. Um monstro prestes a me atropelar, a me rasgar e duas, a me devorar.

Outro ponto positivo para o autor foi preparar o terreno, apresentando com detalhes a personagem para, depois, trazer o suspense para a história. Quando o suposto crime acontece, já conhecemos Anna o suficiente para desconfiarmos de sua capacidade de julgamento sobre o que viu (ou não). Isso contribuiu muito para desconfiarmos de todos os demais personagens e de quem poderia ter cometido um ato tão cruel, inclusive nem a Anna escapa da nossa desconfiança.

No geral, é um bom livro para quem quer iniciar no gênero suspense/thriller porque é mais leve e como primeiro livro do autor, achei bem estruturado. Eu que sou leitora assídua do gênero, tenho como opinião final que o livro é um clichêzão que tem o seu valor. Pois a forma sensível como o autor retratou a vida de Anna é de uma beleza ímpar. Faz com que a gente olhe com mais delicadeza a vida dos nossos vizinhos.

Espero que tenham gostado da resenha, beijos e até a próxima!



















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