“ Reputação não tem a ver com quem realmente somos, mas com quem as pessoas dizem que somos. Há quem caia nessa armadilha, mas tem quem lute a vida inteira para escapar dela.”
A resenha de hoje é do livro Crash- Quando a paixão explode
(Planeta, 2017, 256 p.) da autora Nicole Williams. Confesso que só soube quando
terminei de ler e finalmente li, no sentido literal da palavra, a capa e vi que
este era o primeiro livro de uma trilogia. O que ao meu ver nem seria
necessário, mas explico melhor no decorrer da resenha o porquê.
Crash conta a história de Lucy e Jude. Que se chamam assim
porque tanto o pai da Lucy quanto a mãe do Jude são fãs dos Beatles, muito fãs
eu diria e no decorrer da história isso vai se confirmando. Já começo dizendo
que nem tudo é bonitinho apesar das coincidências. Jude tem pavor de ouvir a
música Hey, Jude e Lucy porque já está cansada de ouvir Lucy in the sky quase
todos dias.
Nossos protagonistas não se conhecem, até porque a Lucy se
mudou recentemente para a região, embora seja familiarizada com o local, pois sempre passava o Verão na casa de lago da família, a mesma para qual se
mudou após alguns acontecimentos não tão felizes na vida da sua família. Jude
por outro lado, nunca teve uma família estruturada, mas tinha a presença do pai
e da mãe, até o dia que ela resolve ir embora de casa e seu pai fica tão
desnorteado e se afundando no álcool, o que resulta na sua demissão no trabalho
e por impulso e senso vingativo comete um crime e vai preso.
“Eu não sabia como e nem por que, mas Jude Ryder havia disparado uma granada em minha vida, e em menos de vinte e quatro horas ela dizimava tudo que eu tinha de mais sagrado. “
Jude se torna aquele tipo de pessoa que de longe sentimos o
cheiro da encrenca. Bad boy do colégio, impulsivo e quarterback do time de futebol americano da escola, quando seu temperamento permitia. Mas Lucy estava atraída por ele e olha, por muitas vezes me
perguntei qual era a classificação indicativa, porque olha a química dos dois é
quente, eu disse, muito quente. E apesar de tanto calor, Jude se controlou
muito bem. Já nossa mocinha, é ousada e muito afrontosa, mesmo sendo virgem.
Achei muito bom da parte do Jude respeitar o momento dela, porque na cabeça
dele ela nunca deveria estar com uma pessoa como ele.
Esse foi outro ponto do livro que me chamou a atenção, o
Jude tem uma mania de se depreciar e achar que não é merecedor de coisas boas.
Lucy vai mostrando para ele que isso é possível sim e que ele é merecedor sim
das coisas boas, mesmo que a vida só tenha te mostrado o lado ruim das pessoas. É uma coisa natural da Lucy este tipo de comportamento, porque apesar dela ser apaixonada e saber que nasceu para o balé, no entanto, é nas causas humanitárias que ela mostra o seu melhor lado. Porém, nosso casal não tem o apoio de ninguém e consequentemente acontecerem
inúmeras situações desagradáveis e isso faz com que Jude só confirme o seu
pensamento de que ele e Lucy não devem ficar juntos.
“Como eu havia descoberto nas últimas semanas, Jude era exatamente aquele tipo de mistério que atraía uma mulher, e que ela jamais poderia desvendar. Era um enigma que eu queria decifrar.”
Olha, torci muito por eles e ao mesmo tempo que não, mas não
falarei o por quê aqui, visto que seria um spoiler imperdoável e que é
definitivo para que tudo prossiga para o final, que foi tão fluído e sem pontas
soltas que realmente me questiono se precisa de uma continuação. A não ser que
conte mais sobre eles em um momento diferente da vida ou sobre outras pessoas.
Lucy e Jude no meu ponto de vista foi incrível como começou, como se desenrolou e como
terminou neste livro.
Então, nem preciso dizer que recomendo né?! Principalmente
se vocês gostam de livros como Princesa de Papel, em que retrata a vida dos
jovens como é de fato, sem mascarar. E também se vocês gostam de livros do
gênero ou simplesmente porque precisam de um livro para curar a ressaca
literária, que foi meu caso.
Espero que tenham gostado da resenha. Um beijo enorme para vocês e até a próxima!!“A vida ia se tornando lentamente uma enorme bagunça, e eu não sabia se era porque, de algum jeito, eu tinha sido amaldiçoada ou se a vida desandava naturalmente. Durante todo esse tempo, eu havia acreditado na história de que uma pessoa pode fazer a diferença sozinha, mas acabei descobrindo que, no fim, o mundo é uma porcaria.