[Resenha] A Garota do Lago- Charlie Donlea.


Olá Pessoas!! Tudo bem com vocês?

A resenha de hoje é do livro A garota do lago (Faro Editorial, 2016, 296p.) do autor Charlie Donlea. Confesso que quando vi o nome, pensei “mais um livro de suspense com a garota isso e a garota aquilo” até que comecei a ler para ver se seria mais do mesmo, mesmo. O livro já começa contando o que Becca Eckersley fez durante o dia da sua morte e dá para sentir uma tensão, porque as cenas da morte são fortes.

Becca narra o ataque que causou sua morte. Como o livro é narrado em terceira pessoa, então do outro lado temos Kelsey, uma jornalista investigativa que foi enviada para Summit Lake a fim de descobrir quem matou Becca e por que. Tive um pequeno problema com a narrativa da Kelsey e isso fez com que demorasse um pouco para a história me fisgar, não senti feeling com a personagem neste começo e parecia que ela estava escondendo algo importante sobre a personalidade dela e, de fato, estava. Falarei sobre isso mais adiante.


Os capítulos são intercalados entre presente e passado. O presente mostra os avanços da Kelsey perante o caso e o passado é como se fosse uma contagem regressiva da vida de Becca 14 meses antes até o dia de sua morte. São relatos da Becca universitária, boa aluna, boa filha, boa irmã e boa amiga. Que tinha um futuro promissor como advogada no escritório bem sucedido do pai. Graduanda da Universidade George Washington, Becca era bonita, inteligente e que tinha um magnetismo natural para seduzir pessoas, mas especificamente homens.

Ela tinha um grupo de amigos formado por ela, Gail que dividia o dormitório com ela, Jack e Brad que também dividiam um dormitório. Um quarteto que se destacava pela inteligência e cumplicidade. Muito amigos um era conselheiro do outro, dividiam entre si seus segredos, seus anseios, principalmente na fase que se encontravam, de estar terminando a faculdade e esperando os resultados dos processos seletivos das universidades que se candidataram à pós- graduação.



Dando uma pausa em Becca e no universo universitário de Washington e voltando para Summit Lake, Kelsey vai nos apresentando sua história e seus traumas e porque solucionar a morte de Becca virou seu objetivo de vida. Ela não esperava que um caso de morte em uma cidade pequena faria sua vida seguir um rumo totalmente inesperado ou que ela se envolveria tanto com alguém que ela nunca chegou a conhecer.

"Em algum lugar naquela cidade turística singular, uma garota fora assassinada. Parecia um lugar muito agradável para uma coisa assim acontecer."

Summit Lake é uma cidade pequena, então um crime como esse a coloca no mapa e a chegada de uma jornalista importante, famosa e que trabalha para uma revista renomada, faz com que desperte a atenção de curiosos e principalmente das autoridades. Estes que estão “convencidos” sobre a teoria de que Becca foi atacada por um desconhecido e teve a casa invadida. Não é a versão mais convincente, mas é a que coloca o pai dela em uma situação favorável para sua candidatura ao cargo de juiz.

É muito interessante ver as pessoas ajudando Kelsey a juntar as peças para colocar no artigo. Não posso deixar de citar delegado Ferguson que deu todas as coordenadas sobre o caso, Rae a gerente do único café da cidade e Peter Ambrose médico responsável pelo hospital que Becca morreu. Os quatro formam uma equipe investigativa que deixa o FBI no chinelo. As cenas entre eles são maravilhosas, sobretudo as de Peter com Kelsey. Eu torci muito para que eles tivessem algo, porque em determinada parte do livro a gente descobre que a Becca e a Kelsey passaram pela mesma coisa, mas a Kelsey teve mais sorte, digamos. Só que as feridas da alma ainda estavam demorando a cicatrizar e o contato com alguém do sexo oposto seria de grande ajuda, um teste para provar que ela estava viva e que não tinha nada de errado.

"Uma sensação sinistra tomou conta de Kelsey quando ela considerou que estava no mesmo lugar em que outra mulher fora atacada; uma experiência igual à sua própria, de algumas semanas antes."

A escrita de Charlie é bem envolvente, tanto que depois de vencer a barreira inicial com a Kelsey eu fiquei muito empolgada. Tanto que não conseguia largar o livro da minha mão e a impressão que a gente tem é que conhecemos as personagens e que também precisamos solucionar o caso. Eu que não sei ler suspense sem indicar um suspeito, fui ficando cada vez mais ansiosa para chegar aos momentos finais. Na verdade o livro contém quatro partes: A cachoeira do sol da manhã, Autoajuda, Olá Detetive e Três Batidas, respectivamente. Na terceira eu já estava em polvorosa.


Temos o conhecimento de novos fatos a cada capítulo e por mais que as peças vão se encaixando nada te prepara para o final... E que final!!! Estou indicando este livro para todo mundo, até para quem não é fã do gênero. Sério, o Charlie com esse livro de estreia já entrou para a lista de autores para se prestar muita atenção. Quero ler mais coisas dele e logo!!

Espero que tenham gostado da resenha, um beijo enorme e até a próxima.

















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