“O segredo para uma vida feliz, uma carreira feliz, era encontrar uma atividade da qual você goste a ponto de fazê-la de graça, depois encontrar alguém disposto a pagar por ela. Bom, não são muitas pessoas que conseguem fazer isso. Pilotos, artistas e atletas, principalmente. E matadores de aluguel. Não quero dizer que assassinos profissionais terminam felizes... Mas eles gostam do que fazem.”
Oi pessoal, bom dia!
E um alô especial para os fãs do gênero policial, hoje venho com a resenha de Peter Pan Tem Que Morrer, (Arqueiro, 400 páginas, 2015). Este é o quarto e último livro de uma série com o personagem e detetive David Gurney.
Como a maioria dos romances deste estilo, a história começa por causa de um assassinato. Kay Spalter, que foi condenada pela morte do marido, o então empresário e candidato a governador Carl Spalter. Já se encontra presa, no entanto o processo para sua condenação decorreu deliberadamente de modo relapso e cheio de pontas soltas. O que chama a atenção do policial Jack Hardwuick.
Ocorre que a vítima, por causa de seus negócios ilícitos, possui muitos inimigos e outras pessoas interessadas em lucrar com a sua morte, tais como seu irmão e sua gananciosa filha. Portanto, condenação de Kay seria uma opção conveniente para tantas outras pessoas poderosas.
Percebendo isso, é que Jack decide investigar este crime e após constatar inadvertência nos autos da causa, ele intima seu grande amigo e ex-detetive, Dave, que é especialista em descobrir os enigmas que cercam um crime do patamar do caso Spalter.
“Sentimentos não são fatos”
David Gurney é um detetive aposentado do departamento de policia de Nova York, embora ame a sua profissão, ele já decidiu sossegar junto com sua adorada e adorável Esposa Madeleine. Assim sendo, os dois resolvem morar no interior de NY, mais precisamente na área rural das montanhas de Catskill.
Quando eu antigo colega de ofício aparece pedindo a ajuda do melhor investigador do estado. E os dois juntamente com outra colega da corporação, a investigadora Esti Moreno irão tentar desvendar o enigma do crime mais famoso do estado. Não posso deixar de citar o filho de Dave, que acaba tornando-se um personagem importante com toda preciosa ajuda que ele oferta ao seu pai.
A começar dai é que a trama vai ficando melhor. Um empresário morto, que tinha como bens, além de muito dinheiro, um inimigo chefe da máfia local, uma filha ambiciosa e de caráter duvidoso e um irmão como mais um desafeto.
Eu nunca tinha lido um livro deste autor e confesso que não gosto muito de arriscar a leitura de gênero policial com escritores que, para mim, são desconhecidos. Contudo, me surpreendi de maneira positiva, pois além do enredo ser bom, os personagens são tão bem construídos que em determinados momentos, podemos presumir suas próximas ações. Outro ponto importantíssimo é que além dos mistérios a serem desvendados e personagens inteligentes que prendem a nossa atenção, neste livro encontramos boas doses de ação.
O antagonista desta história é um homenzinho de mente brilhante e atitudes implacáveis, com biótipo excêntrico, possui altura e traços de criança, que lhe rendeu o apelido de Peter Pan, tornando-o assim, tão bizarro quanto seus feitos.
John Verdon criou um Thriller realmente sedutor.
“Há uma coisa interessante com os olhos, pensou Gurney. Eles contêm e refletem, mesmo com esforço de esconder, o resumo emocional de tudo o que já viram.”
Até mais!