Olá Pessoas! Tudo bem com vocês? (Mais uma vez peço calma, vocês estão na coluna certa. Eu, Lailie, e a Ana invertemos novamente, espero que vocês gostem.) "Por aqui está tudo mais ou menos, porque estou escrevendo essa resenha e não sei exatamente o que estou sentindo pra falar sobre esse livro". Escrevi isso assim que terminei de ler esse livro, porque iria fazer uma resenha, como as que eu sempre faço. E sinceramente, até hoje não sei exatamente o efeito que ele teve em mim. Sabe quando você lê algo e fica o livro todo oscilando picos de intensidade e sentimentos? Uma hora está bom, mas em outras nem tão bom assim? Então, esse é Uma curva no tempo, da Dani Atkins ( Editora Arqueiro, 2015). Eu juro que entendi a proposta que ela quis fazer para o leitor (era para ser ótima, por sinal) mas para mim não rolou. Faltou aquele 'algo a mais'. Sim, eu já falei logo no começo que não simpatizei tanto assim, mas logo abaixo eu vou te mostrar algumas razões pela qual isso aconteceu. Pois eu posso não ter gostado, mas você pode gostar. Até porque as opiniões sobre esse livro andam bem contraditórias. Um ótimo caso em que cada pessoa tem que ler para tirar suas próprias conclusões.
Bem, a história é dividida em: 5 anos antes e 5 anos depois (versão 1 e versão 2) do acidente. Os 5 anos antes conta sobre a amizade entre: Rachel, Sarah, Jimmy, Matt, Trevor, Phil e Cathy. Que começou no colégio. Enfim, eis que eles estão nas últimas férias antes de começarem suas respectivas faculdades. O projeto de Rachel era cursar jornalismo em Brighton, ficaria longe dos seus amigos, do seu pai, do seu namorado Matt, um esforço que valeria a pena. Na noite do acidente, eles se reuniram pra conversar sobre as férias, sobre o futuro deles, as inseguranças pelas novidades que viriam a aparecer. Rachel e Matt viajaram para a casa de praia da família dele na França, Jimmy foi trabalhar como jardineiro (tarefa que fazia todos os anos durante as férias de verão), enfim esse tipo de coisa que sempre contamos quando há uma reunião entre amigos, pós férias. Chegando ao restaurante, Matt fez questão de exibir o novo carro para os amigos (na verdade, era mais pra provar ao Jimmy que ele estava sempre na frente) Rachel odiava esse tipo de comportamento, então assim que desceu do carro foi falar com Sarah e Jimmy (que não estava nem aí para o carro novo de Matt, afinal Sarah estava ali com ele).
Sentiram o cheiro de testosterona por aí? Calma que ainda tem mais!
É aquela música do Snow Patrol que todo mundo ~ou quase~ conhece, mas que na voz deles deu um sentido diferente e para essa parte do livro só me veio ela na cabeça. Sabe quando você chega num restaurante e está tocando uma música ambiente bem agradável, que te deixa à vontade? Então, essa foi a música que eu imaginei estar tocando no restaurante.
Depois do show de exibição tanto de Matt quanto de Cathy, entraram no restaurante, sentaram-se à mesa reservada. Rachel e Jimmy ficaram um de frente para o outro e claro, Matt ao lado de Rachel. A tensão já começa aí, porque Rachel fica bem no meio da "competição de macho alfa" pré-estabelecida entre Matt e Jimmy. A autora nos poupa de mais cenas entre os dois e foca no objetivo original que é a interação do grupo. Mas como Rachel e Jimmy estão mais afastados do centro da conversa, passam a conversar entre si ~com pequenas interrupções de Matt, mas ok~...
A escolha dessa música foi justamente porque antecedendo ao momento do acidente, Jimmy pedia para que Rachel fosse até a casa dele na manhã seguinte, pois ele tinha algo importante para falar... ~E nessa altura do campeonato nós já sabemos mais ou menos o que é~. Coisa essa que Rachel nunca soube, pois instantes depois eles avistaram um carro perdendo o controle e indo em direção ao restaurante, mais especificamente em direção à mesa onde eles estavam reunidos. Mas seria algo como: "Vim pra lhe encontrar, dizer que sinto muito. Você não sabe o quão amável você é. Eu tive que te encontrar, te dizer que eu preciso de você e te dizer que eu te escolhi..."
No momento do acidente tudo vira uma bagunça, gente correndo e gritando no maior estilo "salvem-se quem puder!" e então Rachel fica presa na pilastra, Matt vai tentar ajudar e é puxado por Cathy... Rachel então percebe dois braços fortes a puxando do lugar que estava presa para cima da mesa. Logo após, ouviram um baque quando o carro deixou a estrada e subiu na calçada, mais tem outra pessoa embaixo da mesa, então Jimmy a arremessou numa tentativa de salvá-la. Esse ato foi visto por Rachel como um ato de força e bravura, mas que seriam os últimos e preciosos de Jimmy. Pois foi o tempo suficiente para que o carro levou para sair da rua e invadir o restaurante, e Jimmy ainda estava parando no mesmo lugar quando a janela explodiu atrás dele.
E eis que passam 5 anos (versão 1). Momento atual de Rachel, onde ela é infeliz, tem um trabalho insignificante, mora num bairro ruim em Londres e carrega uma cicatriz gigante no rosto para sempre lembrar que para ela estar ali viva, o melhor amigo, morreu. Sem contar as constantes dores de cabeça que ela achava ser um pós-traumático. E então vai haver o casamento de Sarah, sua melhor amiga e ao mesmo tempo vai ser a primeira vez que todos eles vão se reunir depois do ocorrido. Rachel não está nem um pouco contente com a ideia de voltar à sua cidade para uma reunião com antigos colegas e ver que todos eles seguiram em frente com seus projetos de vida enquanto ela ainda fica remoendo o passado.
"Eu poderia me recompor e voaria em circulos. Na espera, como nas gotas do coração e atrás de mim começa a dor. Finalmente poderia esta ser... isso, ou eu devo desistir ou apenas continuar perseguindo calçadas. Mesmo se ela conduzir a nenhum lugar seria um desperdício? Mesmo se eu conhecer meu lugar, devo deixá-lo? Eu devo desistir ou apenas continuar perseguindo calçadas, mesmo se ela conduzir a nenhum lugar..." Não preciso comentar mais nada sobre essa música né?!
"Se tempo é tudo o que eu tenho, eu o gastarei todo com você. Cada dia eu voltarei atrás. Isso é o que as pessoas com o coração partido fazem. Eu estou cansado de falar com um espaço vazio de silêncios que me mantêm acordado."
Eu já falei aqui no Menina várias vezes que livros do gênero drama, são os meus favoritos. E quanto mais carga dramática tiver, melhor! Esse teve uma carga dramática mediana, dependendo do ponto de vista. Essa parte do cemitério foi o ponto chave para que eu me sentisse no clipe de Habits (Stay High), da Tove Lo ~se você não sabe do que estou falando, clique aqui ~ sem brincadeira, porque ela desmaiou e quando acordou já estava nos 5 anos depois versão 2. Como assim? A sensação é que te dopam e você acorda grogue "quem sou eu? E o que estou fazendo aqui?". A ideia é bem essa mesmo, de você ficar se perguntando se aquilo que ela está falando é real ou fruto da imaginação. Como já disse anteriormente tinha tudo, tudo mesmo, pra ser genial, ela só não soube aplicar na prática. E por isso ficamos ~eu pelo menos fiquei~ confusos. Não vou mentir que achei a segunda versão de Rachel bem melhor que a primeira, mas eu não posso falar o motivo senão vou acabar dando spoiler e/ou pior, revelando o final. Que por sinal, foi daqueles que você fica se perguntando como assim acabou? Volte aqui e conserte isso, eu quero respostas!!!!!!
Até hoje meu psicológico fica me perguntando se a autora vai me enviar um e-mail ou me ligar pra contar o que de fato aconteceu, com calma. É, talvez eu a convide para tomar um chá da tarde pra colocarmos o papo em dia, e quem sabe ela não desabafa né?! E se me perguntarem qual seria a música do livro, eu digo que é I Believe da Christina Perri, sabe quando a melodia e a letra andam de mãos dadas e quando estamos temos a certeza de que as coisas vão ficar bem? Então, no finalzinho do livro temos essa mesma sensação.
Pessoas, eu sei que ficou longo o post, foi a saudade que eu estava de vocês. Espero que tenham gostado tanto da escolha do livro quanto das músicas. Pra mim é sempre uma honra aparecer por aqui.
Um beijo enorme e até a próxima!!