“Eu era muito estúpido”, disse Edmund, quase violentamente.”Pensava no amor como um jogo. Não é um jogo. É mais grave do que a morte. Sem Linette, eu poderia muito bem estar morto. “
“Você fala de desistir de sua natureza Caçador de Sombras”, disse Magnus suavemente. “Pode-se desistir de muitas coisas por amor, mas não se deve desistir de si mesmo.”
As Crônicas de Bane ( Galera Record, 2014, 392 páginas) são um conjunto de dez histórias escritas por Cassandra Clare, Maureen Johnson e Sarah Rees Brennan sobre o magnífico feiticeiro Magnus Bane. Elas foram lançadas inicialmente, uma por mês, nos formatos ebook e audiobook. E agora que todas já foram lançadas Nos EUA e algumas aqui, A Galera Record lançou uma edição impressa contendo as dez crônicas. Gostaria de deixar um adendo aqui, referente a ordem de leitura para esse livro. Acredito que é legal que ele seja lido após o término das outras sagas, pois além de entender melhor o que aconteceu nos livros anterior, também traz fatos que podem ser spolier, caso você ainda não tenha lido o final das outras séries.
Magnus é um personagem que aparece nas duas sagas de Cassandra Clare ( Instrumentos Mortais e Peças infernais), mas neste livro o personagem tem um lugar só para ele, reservado especialmente para contar um pouco sobre suas aventuras e confusões durante os longos anos de sua vida imortal. Nesse livro acompanhamos Magnus desde o inicio de suas aventuras, até os tempo atuais.
Desde já afirmo que quem é fã das duas séries e desse mundo que a Cassandra nos apresentou necessita ler esse livro, que nos traz vários fatores novos que se encaixam e nos deixam mais inteirados com tudo que aconteceu nos livros anteriores e possivelmente com os que ainda virão.
Cada crônica se passa em um lugar diferente, em um tempo diferente. E no inicio de cada crônica tem uma arte em quadrinhos, que representa algum momento da história que será contada na página seguinte.
Na primeira crônica Cassandra finalmente resolve sanar nossa curiosidade e conta o que ocorreu no Peru com Magnus para que ele fosse banido. Magnus está dessa vez em companhia de seu amigo Ragnor Fell, um feiticeiro sério que possui muito mais juízo e maturidade do que Bane.
E assim as crônicas seguem uma ordem cronológica, mas não em sequencia nos mostra mias sobre quem é Magnus. A última crônica conta mais sobre o romance entre Alec e o feiticeiro, como se descobre apaixonado, seu primeiro encontro...
Nas crônicas de Bane tem muita comédia, com aquele humor sagaz que só o Magnus possui, ação, romances e muitas aventuras. Assim como traz também muitos tumulto, desencontros e revelações muito importantes que são ligas as outras séries da Cassandra
Algo bem legal também é que você rever personagens de As Peças Infernais e Os Instrumentos Mortais. Ao decorrer da história vemos o pai de Will Herondade, o próprio Will ( suspiros bem altos com Will maduro), Tessa e Jem, os filhos de Will e Tessa, Clary bebê, Valentim, Luck, Raphael, Alec Enfim muita gente que vamos conhecer nos outros livros. E conhecemos tudo isso através da perspectiva de Magnus, isso faz com que você entenda suas decisões intrigantes, seu romance com o Alec, a amizade que ele possui como vampiro Raphael.
Eu gostei muito do livro, mas confesso que também já era apaixonada pelo Magnus e saber mais sobre ele foi maravilhoso. Ele é a peça chave de toda essa teia que a Cassandra construiu e isso só torna mais interessante nos aprofundarmos nas experiências que ele teve, o que levou esse personagem ser como ele é hoje, realmente ele merecia um livro só seu.