Fique Comigo, de Harlan Coben (Arqueiro, 288 páginas, R$ 29,90), é um daqueles livros que você não pode piscar o olho, para não perder completamente o fio da meada! O início é completamente confuso, com uma porção de gente aparecendo do nada, cada um com suas histórias. Mas depois de um tempo vamos percebendo as ligações que existem entre elas, e aí fica impossível largar o livro!

Megan Pierce é casada com Dave, mãe de 2 filhos e leva uma vida confortável. Mas nem sempre foi assim. No passado ela usava o nome de Cassie, era dançarina de uma boate, tinha uma vida difícil e um futuro incerto. Quando passou a ser vista como uma possível responsável pelo desaparecimento de Stewart Green, ela se viu obrigada a fugir, mudar de nome e refazer sua vida com sua nova família.

Até mesmo uma formiga, se você pisar perto dela, de alguma forma sabe que deve correr na direção oposta. No fundo, a única coisa que nos interessa é sobreviver.

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Dezessete anos depois, outro caso semelhante desperta o interesse do detetive Broome, que sempre se sentiu frustrado por não ter solucionado o caso Green. É quando Megan reaparece pra tentar ajudar. O problema é que sua família nada sabe sobre o seu passado.

No meio disso tudo, ainda tem Ray Lavine, um fotógrafo infeliz, que teve seu coração partido quando Megan desapareceu, e acredita ter perdido para sempre o seu grande amor.

À medida que a trama se desenrola, vamos percebemos as ligações, aparentes ou não, entre os personagens. Coben nos leva a pensar em mil possibilidades e a cada página, novos fatos e surpresas aparecem.

O excesso de personagens e algumas histórias paralelas, que não acrescentam em nada o enredo principal, deixa as coisas meio confusas e, em alguns momentos, a leitura fica cansativa, dando vontade de saltar alguns parágrafos. Mas o final é digno de Coben: surpreendente!