"É tarde demais para evitar uma mudança no nosso mundo,
mas ainda temos tempo de evitar o desastre e de reduzir
a probabilidade de uma mudança climática perigosa."
Pág. 171
Em Nós somos os senhores do clima (Galera Record, 272 páginas, R$ 29,90), Tim Flannery fala sobre a questão climática atual, de forma clara e objetiva, expondo determinados fatos, analisando-os e oferecendo algumas respostas para as prováveis perguntas que faremos sobre o assunto. Questões como o aquecimento global e suas consequências, como o derretimento da calota polar, o buraco na camada de ozônio e a extinção de determinadas espécies são apenas alguns dos fatos abordados por Flannery, neste livro, que vem a ser o primeiro a oferecer de forma direta e objetiva, respostas para questões envolvendo o clima e a maneira que ele afeta a nossa vida, a do planeta em que vivemos e as consequências das nossas ações sobre ele.
O autor lança mão de pesquisas na área para poder explicar ao leitor o caminho que percorremos até chegar à situação atual, procurando sempre desmitificar falsos conceitos e apontar ações que podem ser adotadas por todos para ajudar a estabilizar o clima, que de certo modo já se encontra condenado.
Flannery expõe toda a situação de forma envolvente e direta. Ele acusa, mostra o problema e a solução. Sua veemência me fez lembrar outro grande defensor, Al Gore (e seu livro Uma verdade inconveniente). Ele, inclusive, recebeu o Nobel da Paz (1997) “pelos seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações”.
Uma coisa é fato: o gatilho já foi acionado. Estamos passando por
drásticas mudanças climáticas e essas alterações começaram nas gerações
anteriores e, como ações preventivas não foram tomadas, elas se
agravaram.
Cabe a nós decidirmos se vamos continuar agindo da mesma forma ou se vamos alterar ações e comportamentos. Já temos os meios e, como o próprio Flanney fala, cabe a nós a iniciativa.
Cabe a nós decidirmos se vamos continuar agindo da mesma forma ou se vamos alterar ações e comportamentos. Já temos os meios e, como o próprio Flanney fala, cabe a nós a iniciativa.
JULIANA BITTENCOURT