Procura-se um marido - Carina Rissi



- O que tem de errado comigo? – inquiri, ofendida.
O portão da garagem subterrânea começou a subir.
- Você me perturba – ele resmungou, olhando fixamente para frente.
Pág. 204



Alicia é neta de um dos homens mais ricos do mundo (vô Narciso é seu único parente vivo, é seu avô, mentor, pai e amigo). Ela adora a liberdade - que o dinheiro lhe proporciona - e viajar o mundo. Foi presa algumas vezes, por conta de sua irresponsabilidade e temperamento explosivo. Pensando nisso, vô Narciso toma uma decisão.

Quando ele morre, por conta de um aneurisma, Alicia finalmente descobre o que ele lhe preparou: ela só poderá tomar posse da herança depois que estiver casada, na verdade, quando fizer 1 ano de casamento. Enquanto isso, ela precisará trabalhar em uma de suas indústrias e sobreviver com o salário desse trabalho.

Ela fica revoltada, claro, mas a outra opção é contestar o testamento por incapacidade mental de avô, e ela jamais faria isso a ele. Ela começa o trabalho e logo descobre o quanto é “duro” acordar cedo, chegar no horário e viver durante um mês com um salário, que antes ela gastaria num dia de farra. Para piorar, todos na empresa a detestam, inclusive Max, o alto, lindo, gostoso e insuportavelmente certinho Max.

Ela não aguenta mais a situação e bola um plano – sua amiga Mariana a ajuda. Ela irá alugar um marido!!! Coloca um anúncio no jornal e os candidatos começam a ligar e, inesperadamente, um deles é Max.

Antes um chato certinho que um desconhecido... e assim eles se casam.

Procura-se um marido, de Carina Rissi (Verus, 474 páginas, R$ 39,90), é bem-humorado, irreverente e tem o mesmo mote de vários livros de banca. É leve, a leitura é ágil e você se vê torcendo por Alicia e Max. A história também tem seus dramas e uma pequena parte de suspense.

Fiquei incomodada com a imaturidade de Alicia, mas ao decorrer da história vamos conhecendo-a melhor e dá para entender: ela nasceu em berço de ouro, sempre teve tudo que quis e ninguém para ficar em seu pé. Até conhecer Max ela não sabia, mas ela precisava de rédea curta e rotina, sobretudo de amor, não aquele amor fraternal do avô, mas aquele outro tipo de amor que sempre desejamos.

Max é tão certinho e eu diria até que ele é nerd. Um nerd que gosta de correr e é fortão.

Nem tudo é visto com "lentes cor de rosa" no livro. A autora nos traz personagens um pouco da "vida real", corruptos. e nos mostra que as pessoas nem são de todo más nem de todo boas. E de quebra, ainda vemos o começo do romance da melhor amiga de Alicia com Breno, dono de um antiquário no qual Alicia já trabalhou. Espero que Mari possa ter sua própria história.

Quem não conhece, Carina Rissi é autora de Perdida. Se ainda não leu, recomendo os dois!!!

P.S.: O livro faz sucesso por onde passa, o título é bem sugestivo e as pessoas sempre acabam perguntando sobre a história. Ontem, no aeroporto, três funcionárias me perguntaram sobre o livro e ainda pediram para tirar foto, para procurá-lo na livraria. Sucesso, Carina!


Photobucket
PhotobucketRSS/Feed - Receba automaticamente todos os artigos deste blog. Clique aqui para assinar nosso feed. O serviço é totalmente gratuito.