E assim, nas proximidades das águas do gélido lado Washington,
o rei jazia em paz, livre dos pecados. Paz adquirida por não
conseguir esquentar o frio paralisante de sua alma.
Por não ser correspondido por aquela mulher.
A maldita fada que amava.
Pág. 8
o rei jazia em paz, livre dos pecados. Paz adquirida por não
conseguir esquentar o frio paralisante de sua alma.
Por não ser correspondido por aquela mulher.
A maldita fada que amava.
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Sophia é uma Leanan Sídhe, ela
seduz e mata. Ela vira uma espécie de musa inspiradora para o amante. Ele terá
sucesso e será famoso. Em troca, morrerá. Ele não tem escolha - a
escolha é de Sophia, sempre – e mesmo sabendo que morrerá, ele continuará
amando-a, enfeitiçado pela sua beleza e seu poder.
Sua
sina é cruel. Ela nunca se apaixona, nunca. Ela teve o exemplo de seus
pais e não quer esse sofrimento para si. Mas os deuses são caprichosos e
agem à sua maneira. Sophia acaba se apaixonando pelo seu novo amante mortal.
Agora, só tem uma escolha, ela precisa se afastar.
Mas o que será preferível: sofrer longe dele ou amá-lo até sua morte?
O Inverno das Fadas, de Carolina Munhóz (Fantasy-Casa da Palavra, 304 páginas, R$ 29,90), tinha tudo para ser um
livro maravilhoso. Primeiro, pelo fato de ser um livro de fada
diferente. Leanan Sídhe me fez pensar em súcubo (e eu adoro essa
série!), pelo poder semelhante. Mas, o
enredo ficou repetitivo. A todo instante era citado que ela era uma
Leanan e precisava se afastar dele. Tanta repetição me incomodou. Achei
que os amigos dele, que eram presentes na primeira parte do livro, foram
jogados de escanteio. Senti falta de um entrosamento maior.
Uma
coisa curiosa, ao longo da história vamos conhecendo os ex-amantes de
Sophia e é uma coisa engraçada, a autora brinca com personalidades que
morreram (claro, os nomes são diferentes, mas conseguimos identificar
perfeitamente cada um), como por exemplo: Michael Jackson, Amy
Winehouse, Brittany Murphy.
O final é inesperado. Até perguntei para Carolina o porquê daquele final, ela disse que queria um final diferente de A Fada (não li ainda!) e por isso fez todo um processo quase apoteótico, que culminou nesse final.
A
Carolina é uma fofaaaaa e eu queria muito ter gostado mais da história
:( E falando nela... Na Bienal, ela autografou um exemplar e marcadores.
Sorteio em breve!