Magia Roubada - Mary Jo Putney



Ao olhar para o rosto dele, Meg percebeu algo novo:
um desejo selvagem, quase bruto.
Agora que ela não era mais uma idiota esfarrapada,
ele a queria para coisas além do seu poder.
Pág. 208


Esse volume se passa três anos após o último levante Jacobita. Os ânimos já haviam sido refeitos, a paz estava instaurada e é exatamente a época que precede a Revolução Industrial. Grandes mentes, trabalhando para melhorar as condições dos trabalhadores, criando máquinas inovadoras [historicamente sabemos que as intenções dos donos do capital (quem detinha o poder de fabricar as máquinas) não era para melhorar as condições de trabalho, mas sim aumentar o lucro e, também, a expansão da Revolução Industrial começou em 1830 e não em 1748, mas a autora nos dá esse aviso] .

Lorde Simon Falconer, um mago poderoso – a população é povoada pelos mundanos, pessoas como nós e por magos -, é admirador das máquinas e como tal, patrocina alguns mecânicos na criação delas. Mas ele também é um ‘caçador’, é tradição em sua família servir ao grupo dos Guardiões como uma espécie de detetive e fiscal de magia ilegal. Quando ele descobre que um mago de grau menor está fazendo atividades ilícitas, ele parte imediatamente para o castelo do tal, a fim de exigir o fim dessas atividades.

Ele só não contava com a suposta força que o mago tinha. E o mago estava aguardando ele, ansiosamente. Preso numa armadilha, Falconer é transformado em unicórnio – o unicórnio concentra todo seu poder no chifre e Drayton iria arrancar o chifre, depois matá-lo -, mas consegue fugir. Atordoado, em meio à floresta, sente um cheiro incontrolável de pureza... ele não resiste, precisa encontrar essa fonte.

Meg é virgem e foi usada como isca para atrair o fugitivo unicórnio. Ela é uma poderosa maga, mas foi estuprada mentalmente por Drayton e quem a vê pensará que ela é uma coitada com doença mental.

Não vou entrar nos pormenores da situação, mas ela descobre, por acaso, que se misturar seu sangue com de Falconer, ele virará humano. Com sede de vingança, eles se unem numa caçada à Drayton.
Meg respirou fundo e bem devagar. Fascinação erótica era uma ocorrência diária. Na verdade, era algo que acontecia quase de hora em hora quando ela estava perto de Simon. Sob alguns aspectos, ela talvez ainda fosse ingênua por conta dos anos que perdera. Em relação à sensualidade, porém, ela pulara direto para a feminilidade plena. Mas não estava ali para seduzi-lo. Entretanto, se Simon tentasse seduzi-la naquele momento, Meg não protestaria.
Pág. 233

Intrigas. Ação. Muita magia. Magia Roubada, de Mary Jo Putney (Bertrand Brasil, 490 páginas, R$ 49,00), é incrível. O volume anterior, Um Beijo do Destino, tem cenas mais ‘calientes’, mas a escrita de Mary Jo é primorosa e Magia Roubada não poderia ser diferente, até porque o ponto fraco do unicórnio é a virgem; eles não resistem a elas e o sangue virgem de Meg é a solução para que Falconer volte à forma humana, sempre que se transforma em animal e não se sabe por que, apenas o sangue virgem dela serve, o de nenhuma outra virgem funciona.

Aposto que a autora vai surpreender muito leitor com certas partes da história.

Série dos Guardiões: 
The Alchemical Marriage (ss - short story)
1 - Um beijo do destino – Gwyneth Owens e Duncan Macrae
2 - Magia Roubada – Simon Malmain Falconer e Meg.
3 - A Distant Magic – Jean Macrae e Nikolai Gregório. Jean é irmã de Duncan. Mulher de fibra e fortes ideais.  Em Um beijo do destino ela queria se casar com um mundano (Mary Jo nos deu um alivio. O rapaz é um janota e não a merece). Já Nikolai...
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