- Hans, o Inabalável – murmurei diversas vezes,
encostada na lã áspera da jaqueta,
como se o nome em si fosse um talismã.
como se o nome em si fosse um talismã.
- Hans, o Inabalável. Por fim.
Pág. 292
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Pia Kolvenbalch era conhecida como a garota cuja avó explodira. Ela queimara até a morte, por causa do laquê. Um estrondo e tudo que restou intacto foram suas pernas. E foi assim que Pia começou a sofrer bullying.
Passados dez anos, ela resolve contar sua história, como sua avó morrera - de forma bizarra -, como ela conheceu Hans e como se tornou uma aventureira.
Cansada e excluída por todos, Pia se aliara ao único aluno que ninguém antes ousara chegar perto, Stephan Fedido. Stephan e Pia são sonhadores, como toda criança. E é nas histórias de Herr Schiller, sobre Hans, o Inabalável - era um moleiro corajoso que enfrentava tudo e todos - que eles esqueceram os problemas com os garotos do colégio e começaram a ter suas próprias aventuras.
As histórias deram novo ânimo às suas vidas. Até que Katharina Linden desapareceu. Pia, a última a vê-la, jurava que ela havia sumido do nada. Katharina era só uma criança, quase da idade de Pia. Seu desaparecimento foi um mistério. Pia e Stephan, inspirados nos contos sobre Hans, foram tentar descobrir como e porque ela desapareceu.
Mas, outra criança desapareceu. A mãe de Pia, americana, queria ir embora da pequena cidade alemã, Bad Münstereifel. Seu pai, alemão, queria que a família permanecesse junta. Eles estavam à beira dos nervos e do divórcio.
Pia foi obrigada a passar férias nos Estados Unidos – afinal as crianças estavam desaparecendo e a polícia não resolvia o mistério.
Quando ela regressou, as aventuras retornaram. Numa dessas aventuras, vestida no estilo Chapeuzinho Vermelho, ela e Stephen foram à floresta, seguir uma pista. Então algo assustador apareceu. No meio da noite, entre as árvores surgiu um par de olhos amarelos, quase caramelos. Não, não era o lobo mau. Era um gatinho!
Continuando a investigação, eles estavam a um passo de descobrir toda a verdade e também de perderem a vida.
O Desaparecimento de Katharina Linden, de Helen Grant (Bertrand Brasil, 322 páginas, R$ 39,00), é um conto de fadas sombrio, vencedor do Alex Award de literatura juvenil. Alguns estão comparando a autora ao mestre Stephen King – que comumente utiliza personagens jovens em suas tramas -, mas acho que há grandes diferenças. A principal é sua sutileza obscura. Não há aquele terror mórbido, mas o sinistro está sempre pairando. Helen Grant, também, está sendo comparada aos irmãos Grimm. Herr Schiller – personagem - tal qual seu conterrâneo alemão, causou notoriedade com seus contos criativos e fábulas infantis.
A leitura é como um passeio à Alemanha interiorana. Praticamente em todas as páginas há alguma referência em alemão. No início da leitura achei estranho, aquilo me incomodou. Mas logo me acostumei e a leitura fluiu bem. No fim do livro há um glossário.
As diferenças culturais (USA-Alemanha) são enormes e a autora faz uma pequena brincadeira:
Outra coisa que me deixou intrigada, eu acho que dormi (só pode!) em algum ponto essencial da história. O ‘gatinho’ sinistro é importante, afinal está estampado na capa, tanto original quanto nacional, e eu terminei o livro sem entender algumas coisinhas sobre ele (estou sendo concisa para não soltar spoiler). Eu pensava que estava lesada (comendo mosca), então alguém me disse: O gato é tênue, um dia você entenderá! Depois disso, eu tive certeza. Não foquei em algum fato crucial. #shameonme
Li um comentário na Amazon que dizia: O final de O desaparecimento de Katharina Linden foi para mim bastante assustador e devastador, só senti algo igual quando li O Silêncio dos Inocentes.
Preciso que vocês leiam e me contem depois, por favor, o que acharam, principalmente do ‘gatinho’!!!
Importante: Apesar dos personagens serem jovens este é um livro adulto.
P.S.: A capa é linda, cintila, rs.
P.P.S: Ganhei uma camisa personalizada, depois tiro uma foto e mostro para vocês.
Passados dez anos, ela resolve contar sua história, como sua avó morrera - de forma bizarra -, como ela conheceu Hans e como se tornou uma aventureira.
Cansada e excluída por todos, Pia se aliara ao único aluno que ninguém antes ousara chegar perto, Stephan Fedido. Stephan e Pia são sonhadores, como toda criança. E é nas histórias de Herr Schiller, sobre Hans, o Inabalável - era um moleiro corajoso que enfrentava tudo e todos - que eles esqueceram os problemas com os garotos do colégio e começaram a ter suas próprias aventuras.
As histórias deram novo ânimo às suas vidas. Até que Katharina Linden desapareceu. Pia, a última a vê-la, jurava que ela havia sumido do nada. Katharina era só uma criança, quase da idade de Pia. Seu desaparecimento foi um mistério. Pia e Stephan, inspirados nos contos sobre Hans, foram tentar descobrir como e porque ela desapareceu.
Mas, outra criança desapareceu. A mãe de Pia, americana, queria ir embora da pequena cidade alemã, Bad Münstereifel. Seu pai, alemão, queria que a família permanecesse junta. Eles estavam à beira dos nervos e do divórcio.
Senti os ombros do meu pai sacudirem e, por um instante, fiquei me perguntando o que eu tinha dito de tão engraçado. Daí, acabei me afastando para olhá-lo. E aquela foi só a segunda vez na minha vida que eu vi meu pai chorar; a primeira tinha sido quando Omã Kristel morrera.
Pág. 221
Pia foi obrigada a passar férias nos Estados Unidos – afinal as crianças estavam desaparecendo e a polícia não resolvia o mistério.
Quando ela regressou, as aventuras retornaram. Numa dessas aventuras, vestida no estilo Chapeuzinho Vermelho, ela e Stephen foram à floresta, seguir uma pista. Então algo assustador apareceu. No meio da noite, entre as árvores surgiu um par de olhos amarelos, quase caramelos. Não, não era o lobo mau. Era um gatinho!
Continuando a investigação, eles estavam a um passo de descobrir toda a verdade e também de perderem a vida.
O Desaparecimento de Katharina Linden, de Helen Grant (Bertrand Brasil, 322 páginas, R$ 39,00), é um conto de fadas sombrio, vencedor do Alex Award de literatura juvenil. Alguns estão comparando a autora ao mestre Stephen King – que comumente utiliza personagens jovens em suas tramas -, mas acho que há grandes diferenças. A principal é sua sutileza obscura. Não há aquele terror mórbido, mas o sinistro está sempre pairando. Helen Grant, também, está sendo comparada aos irmãos Grimm. Herr Schiller – personagem - tal qual seu conterrâneo alemão, causou notoriedade com seus contos criativos e fábulas infantis.
A leitura é como um passeio à Alemanha interiorana. Praticamente em todas as páginas há alguma referência em alemão. No início da leitura achei estranho, aquilo me incomodou. Mas logo me acostumei e a leitura fluiu bem. No fim do livro há um glossário.
As diferenças culturais (USA-Alemanha) são enormes e a autora faz uma pequena brincadeira:
- Hallo, Omã.
- Oma? – repetiu minha avó. – Quem é Oma? Omar Sharif? – Ela sempre dizia isso, e eu ficava sem saber se devia ou não rir.
- Ich meine... Grossmutter – consegui dizer com hesitação.
- Vovó – intrometeu-se minha mãe, dando-me uma cutucada no ombro com os dedos.
Pág. 115
Outra coisa que me deixou intrigada, eu acho que dormi (só pode!) em algum ponto essencial da história. O ‘gatinho’ sinistro é importante, afinal está estampado na capa, tanto original quanto nacional, e eu terminei o livro sem entender algumas coisinhas sobre ele (estou sendo concisa para não soltar spoiler). Eu pensava que estava lesada (comendo mosca), então alguém me disse: O gato é tênue, um dia você entenderá! Depois disso, eu tive certeza. Não foquei em algum fato crucial. #shameonme
Li um comentário na Amazon que dizia: O final de O desaparecimento de Katharina Linden foi para mim bastante assustador e devastador, só senti algo igual quando li O Silêncio dos Inocentes.
Preciso que vocês leiam e me contem depois, por favor, o que acharam, principalmente do ‘gatinho’!!!
Importante: Apesar dos personagens serem jovens este é um livro adulto.
P.S.: A capa é linda, cintila, rs.
P.P.S: Ganhei uma camisa personalizada, depois tiro uma foto e mostro para vocês.
Nossa Sombrio este livro!! Gostei! To lendo só romances ultimamente e preciso mudar um pouco o foto de leitura!!
ResponderExcluirAdorei sua resenha!!
Beijos
Brih
Já queria ler o livro devido a capa, agora então o suspense me pegou de vez, assim que ler te falo do gatinho..
ResponderExcluirTaí um livro que parece uma coisa e no final é outra... nunca teria imaginado!!
ResponderExcluirSei não se iria curtir essa história, sou uma medrosa de carterinha...rss
beijos,
Dé...
Ei Nat,
ResponderExcluirEu vi a capa quando lançou e achei linda, estava esperando alguma resenha e agora ainda não sei se quero ler rsrsrs. Parece ser bem diferente do que costumo ler, estou curiosa, mas tenho medo de se muito sinistro, sou medrosa :P
P.S: Queria q a camisa tivesse os olhos rs
bjo
Nanda
Nossa!! Surpreendeu... sério, eu não estava me empolgando mas a medida que fui lendo a resenha a coisa toda foi mudando...
ResponderExcluirEstou intrigada e curiosa a com esse livro.
Fiquei com vontade de lê-lo.
Vamos ver...
Beijos
Excelente resenha, Naty.
ResponderExcluirSombrio?? É a minha cara então!
Vou ler e te contar mais sobre o "gatinho tênue..." rsrs
Bjks
Alê
Nossa eu já tinha amado a capa, agora com a sua resenha fiquei apaixonada... eu preciso ler esse livro! >_________________<
ResponderExcluirBeeijos