Box 21 - Anders Roslund & Borge Hellstrom



Com a promessa de virar modelo famosa, Lydia  parte para a Suécia. Mas no caminho descobre da verdade. É amarrada, espancada, violentada e obrigada a se prostituir. Pior que isso: se prostituir da forma mais baixa possível (se é que existe). Praticamente 90% do que recebia ia para o cafetão. Era obrigada a uma carga diária de 10 a 12 programas. A solução era: cobrar extra, escondido. Mas como cobrar extra? Simples... ela deixava que a sodomizassem e assim poderia cobrar extra.

Dolorida, com hematonas e sangramentos Lydia tomava um banho, um valium e partia para um novo programa. Mas o cafetão descobriu... A polícia nunca viu uma mulher tão espancada. Possuía lesões múltiplas e a pele fora dilacerada. A única área preservada eram as nádegas. E apenas porque ele queria aquela área intacta para fazer se impor. E ele iria bem fundo. Ela o sentiria até no mais recôndito esconderijo de sua mente.

Lydia mal conseguia se mover. Sua única chance de salvar a própria vida era retirar o conteúdo do seu box secreto: o box 21, da Estação Central do metrô. Ela nunca mais se submeteria a alguém. Agora ela estava no controle de sua vida. E que os deuses a perdoassem, mas ela queria vingança. Seu mantra: as lágrimas de hoje são o arco-íris de amanhã.

Box 21 (Planeta, 352 páginas, R$ 39,90), de Anders Roslund & Borge Hellstrom,  é um livro pesado, cruel. Eu senti asco de alguns personagens. Algumas cenas foram tão fortemente descritas que, às vezes, eu fechava os olhos e pensava: como um ser humano é capaz de tamanha crueldade? Os temas centrais descritos nesse livro, prostituição, violência, narcotráfico, são comumente a toda população mundial. Felizmente a Suécia começou a combater eficazmente a prostituição.

Num mar de séculos de clichês desesperados porque “sempre haverá prostituição”,o sucesso de um país sobressai como um farol solitário que alumia o caminho. Em apenas cinco anos, a Suécia diminuiu drasticamente o número de mulheres dedicadas à prostituição. Nas ruas da cidade capital, Estocolmo, a quantidade de prostitutas foi reduzida em dois terços e a de clientes em 80 por cento. Em outras grandes cidades suecas, o comércio sexual nas ruas quase desapareceu. E em boa medida também ocorreu isto com os famosos bordéis e salas de massagem que proliferaram no país nas últimas três décadas do século 20, quando a prostituição era legal.
Fonte: Cmi-mulheres.

Recomendo. Mas prepare-se: não é uma leitura fácil.


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5 comentários

  1. Oi Naty!
    Achei q era um romance policial.
    Caraca, coitada da protagonista... será q eu dava conta de ler?? Fico meio passada com violência contra a mulher.
    O Brasil é que devia diminuir a prostituição, a começar pelo turismo sexual. *asco total*
    Bj

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  2. Esse livro parece ser muito forte mesmo...
    Eu já fiquei com pena da garota só de ler a sinopse... Mas livros fortes normalmente contam a realidade, por mais dura e horrível que ela possa ser.
    E infelizmente sabemos que tem brasileiras que devem, neste momento, estar passando por situações assim tão ruins por esse mundo afora.
    Fiquei com vontade de ler o livro, parece bom.

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  3. Oi Naty!
    É violento, mas parece ser um livrão! Adorei a dica porque gosto de livros fortes e marcantes.
    Bjs

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  4. Nossa! Parece muito intenso! Acho que ia demorar pra ler um livro assim!
    Beijos!

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  5. olá,
    um belo livro esse heim.
    quem diria, um blogo com esse nome ta mais para cosmeticos e tals XD
    vou anotar sua recomendação, mas 1º vou ler "A Besta" dos mesmos autores :)
    thau thau

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