[Resenha] Nem Tudo Será Esquecido- Wendy Walker

Aceita um cafézinho com bolo? Melhor aceitar, vai por mim. 

Olá pessoas!  Tudo bem com vocês?

Eu fiquei pensando no que falar sobre Nem Tudo Será Esquecido, porque de todos os thrillers psicológicos que eu já li, esse foi de longe a minha experiência mais “perturbadora”. Falarei mais sobre isso ao longo desta.

Confesso que logo que eu comecei a ler fiquei meio atordoada, afinal a narrativa dos fatos estava em terceira pessoa. Eu me perguntei como a pessoa que estava narrando sabia de tantos detalhes assim. Porque a descrição da cena foi muito clara, até faz com que estejamos no local sendo a terceira pessoa presente. Na verdade a impressão que dá é que estamos assistindo ao crime sem poder prestar socorro.

O que foi removido de sua mente vivia em seu corpo e em sua alma, e me senti na obrigação de devolver a ela o que lhe foi tirado. Pode soar muito esquisito para você. Tão contrário ao senso comum. Tão perturbador. 

A história gira em torno da adolescente Jenny Kramer que é brutalmente estuprada em uma noite quando se divertia em uma festa. Quem estuprou? Ninguém sabe. Foram os sessenta minutos mais dolorosos da vida dela. O pior de tudo é não ter visto quem fez e nas horas seguintes passar por um tratamento para esquecer tudo o que aconteceu. Seria maravilhoso se qualquer vítima pudesse esquecer sobre seu estupro, mas no caso de Jenny dificultou muito o trabalho da polícia para encontrar o criminoso, até porque a cidade Fairview é muito pequena e um caso como o de Jenny é muito curioso e raro pelas proximidades.

Vale ressaltar que enquanto a investigação acontece, os pais dela entram em conflito e isso reflete nos segredos da família que se interligam com os da cidade. Juro que achei a mãe da Jenny muito fútil, eu imagino o quão doloroso pode ser para uma família ter sua filha única estuprada, mas fazer de conta que não aconteceu para manter as aparências é demais para mim e para o pai dela também.

A escrita da Wendy Walker chega a ser surpreendente porque enquanto a Jenny não assume a narrativa principal, temos a narrativa do psiquiatra dela e é aí que eu achei a experiência perturbadora, para não dizer confusa. Mas a Wendy tem o dom de nos prender a leitura, porque por mais confuso que pareça estar aguça a nossa curiosidade quando a Jenny começa a ter flashes do que aconteceu naquela noite.

Ao final de cada batalha, restam o conquistador e o conquistado, o vencedor e a vítima, e que aceitara a verdade: ela fora total e irrevogavelmente derrotada.

O único ponto negativo para mim foram os relatos que o psiquiatra fez sobre outros casos de pacientes que ele analisou, enfim... Achei um pouco cansativa essa parte, fazer análises sobre o estudo da mente não é uma coisa que me chama muito atenção. Então, por mim não precisava ter. No entanto, tem gente que ama a temática, aí fica a critério do leitor.

O máximo da leitura está onde? Isso mesmo no final. Que é quando a Wendy (já falei que estou apaixonada pela escrita dela né?!) junta todos os pontos da história e faz uma coisa surpreendente e faz total jus por ser um thriller psicológico. Dos melhores viu?! A gente até esquece se não gostou de algo no decorrer da leitura.

Espero que tenham gostado da resenha, um beijo e até a próxima!!


























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