[Resenha] Perdas e Danos- Diane Chamberlain


Olá Pessoas! Tudo bem? 
A resenha de hoje é de um livro que me já encantou quando eu li a sinopse. Como eu gosto de livros desse gênero e não escondo de ninguém que é o meu preferido, fiquei bem empolgada pra ler e no fundo sabia que não ia me arrepender... Dito e feito! 
Então deixa eu contar pra vocês um pouquinho dessa história linda:
O livro tem o ponto de vista de três personagens: Travis, Robin e Erin. O começo da história é narrado por Travis Brown, em tempo presente. Onde ele fala que acordou numa van, atrasado, e com medo de que Erin tivesse ido embora ou não tenha ido à cafeteria aquele dia... Até então você não conhece fazer muita relação da importância de Erin na história, mas daqui a pouco eu falo dela.
Voltando ao Travis, ele é um rapaz de 23 anos que cria até então junto com sua mãe, a filha Bella de 4 anos fruto do seu relacionamento com Robin. Outro ponto que tinha me deixado confusa é que eu jurava que ela estava morta, afinal é muito raro você ver um pai criando o filho quando a mãe está viva. Enfim, a mãe dele morre no incêndio que destrói a casa deles pra salvar a neta. E eis que começa o divisor de águas no livro porque de repente Travis se vê sem emprego, sem ter onde morar, apenas com uma van que usa pra trabalhar, 100 dólares na carteira e uma filha pra criar. Sabe aquele ditado: "nada está tão ruim que não possa piorar"? Ele foi feito para Travis, acredite! 
Porque mesmo depois do acidente e de todos esses fatores que eu já citei acima, ele resolve alugar um trailer para morar com Bella num camping e lá conhece Savannah. Uma mulher que até então tinha tudo pra ser uma pessoa incrível, amiga, prestativa, mas ela é tudo isso... Eles até se envolvem ~sexualmente falando~ porque como ele mesmo disse em dado momento, ela não é bem a pessoa que ele teria algo mais sério. Porém, como eu disse anteriormente, nada é rão ruim... E eis que é ela quem traz uma proposta de emprego que pode mudar a vida dele... Mas pra isso ele teria que se mudar para Raleigh (eles moram em Carolina Beach, Carolina do Norte). O que Travis não estava muito disposto a fazer, já que seria outra mudança pra Bell tentar se acostumar. Como o dinheiro está acabando e o dono do trailer exigiu que ou ele fazia o pagamento no dia ou ia embora, ele optou pela segunda opção e seguiu para a cidade onde se encontraria com Roy, o suposto amigo de Savannah e seu futuro empregador. 
Chegando em Raleigh ele estacionou a van (que vem  a ser a nova "moradia" da dupla) no estacionamento da Target e próximo de uma cafeteria, local onde eles tomam café da manhã todos os dias. E é lá que conhecem a Erin, uma moça solitária, mas que marca presença nessa cafeteria todos os dias desde quando se mudou para aquela região da cidade. Ela perdeu a filha de 3 anos, num acidente no píer. Depois do incidente, o casamento dela com Michael ficou balançado, por isso ela decidiu se mudar, ela lida com o luto de uma forma bem diferente que a dele e por isso há os atritos.     
      
Mas voltando ao contexto, Travis se encontra com Roy e descobre que o trabalho na verdade é um roubo. Como não tem onde e nem com quem deixar Bella, ele encontra uma meia solução que é deixar ela com Erin, mas como não sabe como pedir, simplesmente escreve um bilhete e depois de deixar Bella com ela, inventa uma desculpa e vai. Ele não participa do roubo ativamente, apenas vai ser o motorista que levará Roy e os demais que trabalham com ele ao local onde será feito o "roubo" e depois vai levar a outro lugar onde receberão tais encomendas. Porém, acontecem mil imprevistos e a situação fica fora de controle. 
Nesse meio tempo Bella vai pra casa de Erin e como ela é muito ligada ao pai, fica perguntando que horas ele vai voltar, se no café da manhã o pai vai estar na cafeteria. Sendo sincera, eu fiquei com muita pena dessa menina porque só com 4 anos de vida, passou por tantas coisas que se talvez ela fosse adulta não tivesse estruturas pra aguentar. E sem contar que pra Erin, cuidar de Bella é provar a si mesma do quão ela ainda é capaz de cuidar de uma criança. 
Um ponto bem forte desse livro é que a gente não percebe como as histórias se interligam e tem uma parte mais adiante, que eu não falarei porque senão vou contar o livro todo, mas como eu estava falando... Em determinado momento quando Travis ainda não tinha aparecido para buscar Bella, Erin decide procurar a mãe da menina em Beaufort. Agora que começa o rolo todo. Porque Robin conheceu Travis enquanto ainda estavam no colégio. Ele se mudou para Carolina Beach com a mãe e como estava atrasado no colégio, a professora  pediu para que Robin passasse as matérias atrasadas pra ele, por quê? Porque ambos tinha um histórico de perda na família, ela que perdeu a mãe ainda criança e ele que tinha perdido o pai recentemente. 
Nisso, os dois se aproximam, se apaixonam, mas tem um porém... Ela tem um coração doente e descobre que se não fizer um transplante o quanto o seu tempo de vida, diminui. No começo o pai dela, até gosta dele, mas depois das férias ele vê como Travis está mais maduro, começa a não gostar nem um pouco da "amizade" dos dois. Porém, como o amor supera tudo, eles se aproximam cada vez mais e começam um romance, dentro dos limites que ela pode aguentar. Então, eis que o pai dela consegue um trabalho em outra universidade e eles terão que se mudar, pra ela o que vai doer mais não é a doença e sim ficar longe de Travis. Em uma dessas loucuras os dois combinam de sair, no entanto, quando ele chega na casa dela, a saudade fala mais alto e ela até esquece que está fraca... Resultado: foi parar no hospital! Pior de tudo, foi o pai afastar Travis da vida dela e dizendo para a filha debilitada que ele se aproveitou dela, no meio disso tudo ela descobre que está grávida. Uma gravidez de risco obviamente, mas como ela não quis abortar, tem a criança, mas pra salvar a própria vida ela opta por dar a criança em adoção para algum casal que crie e dê uma vida melhor que ela ou Travis poderiam dar. E é aí que Travis fica sabendo que Robin vai dar a filha para adoção e luta na justiça pela guarda da filha... Por isso que Travis criou com a ajuda da mãe a filha, porque Robin nunca chegou a conhecer a filha de fato. 
Bom, depois do transplante ela se mudou para começar a vida do zero, e lá ela conhece o noivo, Dale... Sobre eles só lendo para saber como foi que eles se conheceram, por quais razões ela abraçou a família dele como se fosse a dela. Eu só digo que como ela mesma foi percebendo: nada é como parece ser... 
Em termos comparativos, esse livro lembra muito o filme "A procura da felicidade", só que, com cenas de ação no meio da trama, que te prende e te faz perder o ar e torcer para que tudo dê certo. Já nas partes finais do livro, tem uma frase de Travis que poderia ser aplicada em qualquer situação:
 "É que aprendi que a aparência de uma pessoa nem sempre revela o que se passa dentro dela. É impossível enxergar os demônios de alguém só olhando para o seu rosto."  
E isso diz muito sobre ele e todos os personagens ligados à ele neste livro, porque as aparências enganam e sobrevive melhor quem conhece o que cada um é por dentro.  
                                            
     
      
            
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