Tabuleiro dos Deuses - Richelle Mead




A pergunta que não quer calar para mim é: Como é possível que a mesma escritora que escreveu a serie Academia de Vampiros tenha escrito o Tabuleiro dos Deuses? Sinceramente não consigo ver possibilidade nisso, mas enfim vamos resenha deste livro, para que possam entender melhor.

Em o Tabuleiro dos Deuses (Editora  Paralela, R$ 39,90, 424 páginas) o mundo foi devastado por um vírus chamado Mefistófeles, no qual metade da população mundial morreu. E em meio ao caos a RANU (República Unida da América do Norte) conseguiu desenvolver uma vacina antídoto para tal vírus, pois bem o livro começa 50 anos após a descoberta da vacina. A RANU é composta pelo Canadá e partes pertencentes dos EUA, e este lugar é umas das regiões mais desenvolvidas do mundo, já que possui tecnologia de ponta, alta qualidade de vida para seus membros, mas em contra partida criou diversas regras para manter esse seu mundo em paz. 
Uma dessas regras é a limitação de cultos religiosos, eles são até permitidos, mas são supervisionados e acompanhados pelo governo (uma espécie de censura mesmo), e grande parte da população não acredita na existência de seres divinos.

Justin era um desses supervisores, mas depois de passar por uma situação complicada ele termina por ser exilado no Panamá por quatro anos. Porém agora perante um mistério envolvendo assassinatos, a RANU se vê obrigada a convocá-lo para ajudar na resolução do caso e para isso ele contará com a proteção de Mae, uma soldada do governo (estilo Nikita). O que era para ser apenas mais uma missão acaba virando um grande livro das revelações, mostrando que “talvez existam mesmo forças sobrenaturais no mundo que não podemos descartar” como a Mae tão inteligentemente afirma.

Durante o livro percebi que a escritora ficou tão focada na questão da crença em deuses, que todos os personagens como Justin, Mae e os outros envolvidos ficam boa parte do livro fugindo de algo que é mostrado o tempo inteiro que existe, mas que eu como a leitora não consegui entender o porque deles não acreditarem. Não  existem bons argumentos para que eles não acreditassem! O que se pode perceber é que eles simplesmente cresceram acreditando que aquilo não existe.  E para mim como ser humano pensante e questionadora de quase tudo (acredite questiono ou já questionei quase tudo na vida) tal argumento mostrado não é o suficiente.

Outra coisa que me incomodou neste livro foi não saber onde as cenas estavam sendo vividas. A autora inicia a história em um determinado ponto, determinado local e somente no durante o decorrer do livro é que ela vai situando o leitor a esse novo mundo. Confesso que isso é ousado e muitas vezes a ideia vale a pena acaba, isso se torna algo diferente e autêntico, mas nesse caso, para mim, não funcionou. 

Os personagens não conseguiram me conquistar. Eu consegui torcer um pouquinho apenas para a Mae, mas não foi simpatia o suficiente para me fazer querer que ela fosse uma das minhas mocinhas.
O livro é confuso e confesso que enrolei para terminar e só o finalizei porque fiz uma espécie de barganha comigo mesma...rsrs 

Posso dizer que na busca por uma sociedade sem crenças Mead terminou por criar uma sociedade na verdade movida a crenças. O que acaba sendo uma imensa incoerência e para resolver tamanho problema euzinha só visualizo 02 saídas: 1º ela cometeu um terrível engano em publicar esse livro e de repente ele não tenha continuação, sendo ele então a marca escarlate dela . E a 2ª (que estou torcendo e acreditando que seja a melhor conclusão, pois acho a Richelle uma escritora ótima) é que no segundo livro ela vai explicar tudo melhor sobre o que ficou obscuro e inexplicado nesse livro e o final da série vai ser fantástico, eu como fã de Richelle, estarei aguardando o segundo livro para assim sanar minha curiosidade.

Ah ! Não posso deixar de fazer uma recomendação para aqueles que ficaram interessados  ou curiosos para ler o Tabuleiro dos Deuses: leiam o glossário antes de começar a obra em si, isso vai ajudar bastante você a se situar.





















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