Mordida - Meg Cabot



Continuação do livro Insaciável, para quem não leu a resenha, clique AQUI! [Contém SPOILERS do livro anterior]

Depois de destruir uma Igreja, ter matado um monte de gente e vampiros queimados enquanto era um, oh, dragão!!! Meena decide no final do livro anterior que não deve continuar seu relacionamento com Lucien e resolve aceitar um emprego na Guarda Palatina. O segundo volume ocorre seis meses depois dos eventos do primeiro livro e as trezentas páginas se resumem a três dias na vida de Meena! Putz, Meg consegue mesmo fazer uma pessoa ter um final de semana agitado!

Lucien está desaparecido e Meena, apesar de sentir muito a sua falta, acha é melhor ser assim. Pelo menos enquanto ela não consegue provar para os seus empregadores, vulgo "a instituição que quer matar seu namorado" de que Lucien pode se tornar uma pessoa boa, que ele não é somente um demônio das trevas. 

Só que quando sua vida é posta em perigo, Lucien reaparece para salvá-la e todos os seus sentimentos vem à tona, por mais que ela não queira. Mas alguma coisa mudou em Lucien, ele não é a mesma pessoa por quem ela se apaixonou, se é que podemos chamá-lo de "pessoa", o que a faz querer ir mais a fundo na sua missão de provar a sua "capacidade de bondade".

Nisso, vamos dizer que seis meses trabalhando lado a lado com um gato loiro, forte e alto como Alaric Wulf começou a fazer algum efeito em Meena e ela está confusa sobre os seus sentimentos. As partes engraçadas são as cenas de ciúmes, tanto do Lucien com o Alaric, do Alaric com o Lucien e até a Meena tem umas crises.

- A única razão de eu estar usando este colar é porque outros da sua espécie vivem querendo me morder. Então, se não se importa, vou ficar com ele.
- Eu estou aqui. Então você não precisa mais de um colar como proteção. (...)
- Foi ele quem deu para você, não foi? Alaric Wulf.
- Não. Por que ele me daria um presente? Somos colegas de trabalho, trabalhamos juntos.
- Porque ele está apaixonado por você. E você também tem sentimentos por ele, senão não mentiria sobre isso.
- Não tenho sentimentos por ele. Somos amigos, mas...
- Meena. Você ainda não entendeu. Não posso ser racional. Não quando se trata de você. E não sou um ser humano. Não mais.
Pág. 171
E para dar aquela apimentada na situação, um mal - talvez ainda maior que Lucien - paira sobre a cidade de Nova York.

Basicamente esse é o enredo de Mordida, de  Meg Cabot (Galera Record, 308 páginas, R$ 34,90), sem contar o final, lógico, né?! Que por sinal foi bem bolado, mas as últimas páginas me deixou com uma cara meio confusa e já vou dizer o porquê. Amo a Meg e todos sabem disso, mas nesse segundo livro (e tá sendo opinião geral da galera) ela meio que perdeu a mão [ou o fez de propósito, sabe-se lá!]. 

Eu, vampiresca como sou, sempre tive uma queda por Lucien, mas ele está muito mudado, querendo ser mau, ser o filho das trevas que é. Alaric, que pelo final do livro pensamos que ia trazer o "sexy back", demonstrou que sua falta de habilidade social não o ajuda nem um tiquinho na arte da conquista. E isso faz você começar a se perguntar com quem Meena deveria ficar. Ela também sofre desse dilema e a personagem forte e confiante que conhecíamos se perde um pouco em suas dúvidas e crenças. Quase não temos os personagens secundários, Jon aparece algumas vezes só; enquanto novos são apresentado, como o novo Padre Henrique. 

Detalhes, a Meg deve ter gostado muito das suas visitas ao Brasil pois o Padre é brasileiro, tem uma integrante da Guarda Palatina que é paulista e ela ainda menciona um exorcismo que Alaric e Padre Henrique fizeram na Favela da Rocinha.

O clímax do final é bem bolado. Pelo meio do livro você começa a juntar uns pedaços, mas não o esquema total, o que é uma surpresa, mas... as quatro últimas páginas da história faz você ficar: *o* WTF?! Entendeu? E não sei dizer se de uma maneira boa ou ruim. Bem, boa não é! Não sei se era o único jeito das coisas andarem, mas foi meio decepcionante. E esse finalzinho faz você questionar o quanto isso afeta na decisão da Meena no epílogo [que ocorre uma semana depois dos últimos eventos].

Enfim, recomendo para quem começou a série, e é um jeito de saber como as coisas acabam, mas acho que Meg poderia ter se saído melhor. No todo, ficou um livro com eventos muito corridos, não explorando os personagens e culminando logo na ação do final.
 
Meg disse que não há planos para um terceiro livro [nyahhh, tava precisando, viu?!], conforme está escrito na sessão FAQ do livro no site da Meg.

"Haverá um terceiro livro para essa série?
No momento não há planos para um terceiro livro, mas enquanto existir o mau no mundo, haverá certas pessoas que não poderão descansar (por muito tempo) sem se sentirem tentadas a sair por aí e lutar contra eles." [tradução livre, minha]


Série Insaciável:



E lógicos, as capas lindas, tanto nos Estados Unidos quanto pelo mundo afora!


Capas Versões: America, Italiana, Alemã, e pelo que eu entendi Polonês

KITTY GABE
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