A Fera - Alex Flinn




Sinopse:

Eu sou uma fera. Uma fera. Não exatamente um lobo, ou um urso, um gorila ou um cão, mas uma terrível criatura que anda em duas patas — uma criatura com dentes e garras e pelos surgindo de cada poro de minha pele. Sou um monstro. 


Você acha que estou falando de contos de fada? De jeito nenhum. O lugar é Nova York. O momento é agora. Não sofro de uma deformidade ou uma doença. E vou ficar dessa forma para sempre — destruído —, a não ser que possa quebrar o feitiço. 

Sim, o feitiço, aquele que a bruxa da minha aula de inglês lançou sobre mim. Por que ela me transformou em uma besta que se esconde durante o dia e rasteja à noite? Vou lhe contar. Vou lhe contar como eu costumava ser Kyle Kingsbury, o cara que você gostaria de ser, com dinheiro, beleza e uma vida perfeita. E aí vou contar como me tornei… a fera.


Resenha by Kitty:


E todo mundo canta junto: “Sentimentos são; Como uma canção; Para a Bela e a Fera”. Ai, ai, essa música é linda!

Sim, okay, voltei! Então, a história é muito, muito, muito parecida com o filme da Disney. Se bobear é mais parecido com o da Disney do que com o próprio filme que fizeram “A Fera”. Mas como sabem (e se não sabem, pesquisem), essa história data de séculos e a autora fez uma pesquisa de várias fontes e (re)criou uma história muito boa! Fez um remake para a nossa época sobre dois adolescentes abandonados que só querem ser amados.

Aqui, quem narra a história é o Kyle Kingsbury, um garoto que aparentemente tem a vida perfeita, é lindo, rico e todos o idolatram. Mas seu defeito é achar que com a beleza se conquista tudo e tem um certo prazer em humilhar os que julga como ‘inferiores”.

Até que um dia o destino (ou no caso a magia) resolve interferir. Kyle mexe com a garota errada, Kendra, uma gótica gordinha de cabelo verde que o olho de “um jeito esquisito”, humilhando-a na frente de todo o colégio. Mais tarde ela aparece no quarto dele mostrando sua verdadeira identidade, uma belíssima feiticeira, transformando-o numa fera. Ele fica coberto de pelos, com dentes e garras afiadas e só poderá quebrar o feitiço se encontrar alguém a quem ame e que o ame também dentro do prazo de dois anos.

Esse tempo é realmente necessário porque o Kyle fica transtornado. Deve ser difícil até para os não muito vaidosos, imagina para uma pessoa como ele? Seu pai, que não quer que o vejam, o relega a um apartamento no Brooklyn com uma empregada latina, Magda, e um professor cego, Will. É interessante ver a interação deles, pois são eles que impedem o Kyle de enlouquecer.

Então, o tempo vai passando e ele vai se descobrindo como uma pessoa, desprendendo-se de toda aquela noção de beleza. E nisso ele vai olhando o mundo através do seu espelho (sim, tem o espelho), enquanto a rosa vai murchando (sim, tem a rosa). Até que encontra a Lindy, uma ruiva de sardas da sua antiga escola em quem ele nunca prestou muita atenção.

Ela é uma menina doce que sofre com os vícios do pai e encontra nos livros a possibilidade de sair daquela vida. E é graças a um desses vícios de seu pai que Lindy se vê, de repente, tendo que morar com Kyle, que passa a adotar o nome Adrian. Quem conhece a história original, sabe que o pai roubou uma rosa do jardim da Fera e por isso teve de pagar com a liberdade da filha. A autora conseguiu fazer uma analogia bem legal aqui.

Bem, é a partir daí que a história vira uma delícia de ler. O modo como Kyle vai se transformando numa pessoa melhor, nas mudanças que Lindy provoca e o fortalecimento da relação dos dois é o que vale mais a pena.

Mágica. Durante o resto das nossas vidas, iremos à escola, ao trabalho, tomaremos o café da manhã e assistiremos a tevê, mas vamos saber que existe mágica no mundo, mesmo que a gente não consiga enxergar. Encare as coisas, isso aqui é o tal do felizes para sempre, o amor verdadeiro como o dos contos de fadas.
Pág. 306

Como Lindy adora ler, há várias referência de várias obras clássicas literárias como as de Jane Austen, Brontë e Shakespeare.

A moral da história está naquela famosa frase “o essencial é invisível aos olhos” e tem até uma parte que a Lindy fala que ao se conhecer uma pessoa, o que importa está além da beleza. Bem legal!

A Fera, de Alex Flinn (Galera Record, 320 páginas, R$ 29,90), é dividido em seis parte: O príncipe e a bruxa; A fera; O castelo; O intruso no jardim; Lapsos de tempo; Outono e inverno; Felizes para sempre. Até o parte cinco, mais ou menos, eles ainda não estão morando juntos, então você meio que quer acelerar, passar toda a adaptação dele para ir às cenas boas, mas vale a pena para entender o personagem.

Ah! E antes de começar cada parte tem as cenas da sala de bate-papo dele online, onde é mediado por, ninguém mais ninguém menos, Hans Andersen onde a Fera, a Pequena Sereia (amo ela!), o Sapo Príncipe e o Homem Urso (esse eu não conheço, ele fala de Rosa Vermelha e Rosa Branca. Depois vou pesquisar.) onde eles contam suas lamúrias devidos aos seus respectivos feitiços. Adorava porque você via o outro lado da história. E quem sabe a Alex não escreve algum remake com eles também, né?!

O final é lindo (e diferente do filme) e não adiantam me subornar que não conto. Humm, talvez por uma barra de chocolate, estou necessitada esses dias...

Super recomendo!


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