As garotas da fábrica - Leslie T. Chang



 "Uma descrição nítida e comovente dos medos, das aspirações e dos dramas cotidianos das pessoas que servem como combustível do boom econômico da China."
The New York Times

Um dos 10 melhores livros de não ficção do ano – Time 
Um dos melhores livros do ano – Washington Post 
Melhor livro de não ficção – San Francisco Chronicle 
Melhor livro de negócios – Business Week


A editora Intrínseca lançou na sexta-feira passada o livro As garotas da fábrica (376 páginas, R$ 39,90), de Leslie T. chang. Meu primo, Jean, que voltou recentemente de um intercâmbio nos Estados Unidos, leu  esse livro no início do ano e me contou sua impressão, a qual segue abaixo.

A China é muito populosa e a população pobre. Eles trabalham em condições subumanas e por uma ninharia. O país está expandindo rapidamente e esse livro, contado em forma de romance por pessoas reais, fala sobre a visão de mulheres que precisam crescer junto com a nação.

Chang nos revela que o trabalho é barato e não existem proteções trabalhistas a favor das jovens mulheres. Elas trabalham pela simples questão sobrevivência: ou trabalham ou morrem de fome.

Perdi-me em algumas partes, algumas passagens eram desconexas. Mas nem por isso a leitura se tornou ruim. Não conheço a china, mas o que pude extrair do livro foi: A China é um país  complexo de mentalidade oprimida.

O livro é denso, incomodativo. Estamos acostumados com um outro tipo de vida, e por isso fiquei incomodado, me senti um pouco chocado ao ler As garotas da fábrica e conhecer as duas personagens principais, empregadas numa fábrica no sul do país. A China é um mundo à parte no qual precisamos ter conhecimento. Ler é cultura. Recomendo.

Leslie T. Chang viveu na China por uma década como correspondente (The Wall Street Journal) especializada em histórias que exploraram a fundo sobre como a mudança socioeconômica influenciou as instituições e a vida das pessoas.

A editora disponibilizou o capítulo 1 em seu site. Para ler basta clicar aqui.

Resumo:


As garotas da fábrica demonstra como o movimento da população rural para as cidades tem alterado o rumo de trajetórias individuais, o destino de famílias, e tem transformado a sociedade chinesa, tal qual a imigração para o território americano reformulou a economia mundial um século atrás.

Leslie Chang trabalhou três anos para retratar essa realidade por meio da trajetória de duas jovens que buscavam ascensão social nas linhas de montagem das fábricas de Dongguan, no sul do país. O resultado é uma exposição inédita do universo dos migrantes: das gigantescas fábricas - que possuem cinema, hospital e Corpo de Bombeiros próprios - aos bares de caraoquê que funcionam como fachadas para a prostituição.

A autora investiga como se desenvolvem as relações pessoais, profissionais e as estratégias de ascensão, que incluem cursos de inglês, ministrados como treinamentos militares, com resultados duvidosos; a indústria da autoajuda, as aulas de aperfeiçoamento social, e a realidade dos vilarejos rurais, cuja pobreza e inatividade levam os mais jovens para longe de casa. Um  livro sobre o mundo globalizado que expõe a realidade de uma das maiores economias do mundo.



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8 comentários

  1. só de ver aquele filme que esqueci o nome, do prêmio de um milhão de reais, dá menina do livro da Planeta que esqueci o nome, fiquei chocada! Imagina lendo quando as emoções são ainda mais afloradas.

    Bjkas

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  2. Nossa, já estou louca para eler esse livro. Parece ser muito bom. Vai ter promoção no blog?
    Beijos

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  3. Adorei o post e já fiquei curiosa pelo livro.

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  4. Não é um estilo de história que me interessa. Corro de livros com muito drama, rsrs.
    Lu muito emotiva, mas de tudo temos que tentar e quem sabe um dia eu leio. =)

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  5. Naty:
    Gosto de histórias assim, com um fundo real. Acho a China um país de muitos contrastes e desigualdade social. O progresso galopante convivendo com a miséria extrema.
    Bjks
    Alê

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  6. Ei Naty,

    Gostei do enredo, bem interessante e gosto mundo do fundo histórico.

    bjo

    Nanda

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  7. Naty,
    Livros assim mostram a realidade nua e crua. Eu gosto de ler livros assim !
    Bjs
    Luka.

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  8. Oi, Natália.

    Adoro livros assim, reais e densos!

    É muito bom conhecer o outro lado de um país, com suas desigualdades sociais, seus contrastes, sua cultura!

    Mal posso esperar para lê-lo!

    Beijos.

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